domingo, 29 de setembro de 2013

ESCOLA IDEAL - na visão de Rubem Alves

Acho que a charge abaixo foi inspirada nos ensinamentos de Rubem Alves.
Vejam, no link a seguir, um trecho de uma entrevista com  Rubem Alves sobre a escola ideal:
http://youtu.be/IEX9bOeTMZg

PORTADORES DE TDAH E DPAC, BUSQUEMOS ESCOLAS QUE SÃO ASAS

Vídeo incrível!
Um sonho de escola para todos aqueles que querem sentir o conhecimento como sinônimo de prazer e alegria.
Acho que nos tdah e dpac seríamos excelentes professores em escolas que são asas!
Bom vídeo!
http://youtu.be/z6_aLe3vF_A

sábado, 28 de setembro de 2013

DPAC ou síndrome da velha surda da praça é nossa? Kkk

Algumas pessoas não sabem muito sobre o DPAC (deficit do processamento auditivo central) e a maioria nunca nem já ouviu falar dele. É por isso que falo pouco sobre as dificuldades que ele ocasiona em minha vida.
Mas, como tenho conversado muito sobre o assunto com a mãe de um menino que tem, assim como eu, tdah e dpac. Então, resolvi escrever um pouco sobre o que é ter DPAC.
Bom, aqueles que tem pelo menos trinta anos, vão se lembrar do quadro da velha surda do programa "a praça é nossa". Mas, para aos que não conhecem, é o seguinte: quem conversa com a velha surda sempre perde a paciência pq ela entende tudo errado e, além disso vai tirando conclusões totalmente viajantes.
Agora imaginem isso acontecendo com uma pessoa que também tem TDAH, cômico né! Kkkkk

Vai aí uma canjinha, espero que se divirtam, porque na vida real não é muito divertido. Kkkk

Entrevista da velha surda com o Jô Soares

http://youtu.be/DZ1UKU47f_I

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Para o TDAH "disciplina é liberdade"?

Continuar abafando e calando minha voz interior, preenchendo o dia com rotinas ou me permitir ver o que habita dentro de mim, com atividades flexíveis?
Será que Renato Russo estava certo ao dizer que "disciplina é liberdade"?
Vamos começar divagar...
Primeiro: organizar o que está bagunçado é simples quando sabemos identificar o que está fora do lugar.
Segundo: para organizar temos que saber aonde devemos colocar a bagunça.
Conclusão: a organização depende da nitidez de que algo está fora do lugar.
Por isso, pergunto: é possível organizar desorganizando?
No momento acho que a resposta é sim, porque há momentos na vida em que temos que abrir algumas gavetas impecáveis de tão arrumadas, mas que não deviam estar onde estão.
Explicando melhor: as nossas repartições emocionais foram construídas de acordo com lições passadas por nossa família, amigos, escola etc. E, como, quando as aprendemos não podíamos contestá-las, criamos o hábito de colocar cada sentimento no lugar que nos mandavam... Então, criamos a crença de que era assim que tinha de ser.
No meu caso, coloquei os estudos e a profissão na caixa de primeira prioridade, porque aprendi que a vitória estava na conquista da admiração alheia. Criei a crença que a opinião dos outros sobre o meu valor estaria nesta caixinha preciosa. E de fato, essa crença tinha as suas verdades, porque a cada vitória acadêmica ou profissional eu via a mudança do olhar das pessoas. O antigo rótulo da garota rebelde, burra e irritada, como num toque de mágica, mudou para o da garota Sandy (politicamente correta).
Vejam como uma mudança apenas na área intelectual alterou radicalmente a visão dos outros sobre mim. E o desespero em ser aceita me tornou dependente da aprovação alheia...
Notem como a organização pode ser traiçoeira, por anos guardei, equivocadamente, a profissão na minha caixa mais valiosa. E, consequentemente, guardei o amor e a alegria de viver nas caixas erradas e apertadas que sobraram, porque a da profissão ocupava quase todo espaço do meu interior.
Por anos fiquei fazendo o que esperavam de mim e assumi responsabilidades que não eram minhas só para não perder meu prestígio com as pessoas...
Por isso, hoje tento me desorganizar, abrindo nos espaços, jogando fora tudo que não serve nas minhas caixas e quem sabe, se for necessário, vou me desfazer até destas... quem disse que meu interior deve ficar preso dentro de mim? Quem disse que não posso mostrar o que sou e não o que esperam que eu seja?
É, acho que minha liberdade não está na disciplina, até pq ela nunca foi natural pra mim. A não ser que seja uma disciplina criada por mim, de acordo com as minhas necessidades, capacidades, habilidades e limitações... porque se for a disciplina que aprendemos na escola, de fazer as coisas que todo mundo faz, do mesmo jeito, ela não vai me libertar e sim aprisionar!
Concluindo:
1. Se as coisas estão guardadas, mas no lugar errado: bagunçar é organizar.
2. A disciplina só  será sinônimo de liberdade, se ela for criada por você (ninguém melhor que a gente para dosar nossas atividades) e para você (porque não adianta fazer um roteiro de disciplina que seja impossível ser cumprido por você, não é porque funciona para alguém que dará certo para você).

Até porque, como diria Jean Sartre, "Cada homem deve descobrir o seu próprio caminho. "



O TDAH E A ARMADURA CRIADA PARA SER ACEITO: CONSEQUÊNCIAS

Estava vendo alguns vídeos no YouTube sobre meditação (fundamentais para os portadores de TDAH, tirarem o peso da gama de pensamentos) e encontrei um que fala sobre o ato de viver a nossa verdade.
Achei muito interessante pq, é comum nós, TDAH, criarmos armaduras para esconder as nossas diferenças e nos defender de futuras discriminações.
O vídeo é muito pertinente, pq não vivi a verdade da minha alma por mais de dez anos e os efeitos físicos foram enormes...
Então, esse vídeo é um alerta para os TDAH que fingem ser perfeitos, sem limitações ou que desistem   do que são.
Espero que vcs não tenham passado tanto tempo mentindo para si como eu fiz, e às vezes ainda faço...

                                      http://youtu.be/TWJ_gSI35Rg

TDAH NÃO É SINÔNIMO DE BURRICE

Ainda hoje depois de responder um comentário sobre o mito de quem tem TDAH é burro ou incapaz de fazer faculdade, li este post do blog TDAH - DOURADOS e vi que não estava errada ao dizer que somos inteligentes.
A diferença é que nossa capacidade nem sempre é desenvolvida pq aprendemos de forma diferente, afinal se nosso cérebro funciona de forma distinta dos demais, como iremos assimilar como eles? E, o oposto tb ocorre: há coisas extremamente difíceis pros outros e super fáceis pra gente.
O problema é que a sociedade tem a tendência em frisar defeitos ou dificuldades ao invés de estimular as habilidades de cada um. Busca-se o homogêneo e perde-se a beleza da diversidade.
Enfim, não deixem de ler o post abaixo ou acessar o link: http://tdah-dourados.blogspot.com.br/2013/09/295-eu-e-o-tdah.html


Eu e o TDAH


Uma menina de 12 anos comenta sobre o equilíbrio entre o TDAH e suas habilidades especiais. Por Dana Olney-Bell
Tenho 12 anos de idade e pelo tempo que posso me lembrar, tive lados opostos dentro de mim. Alguém me disse que eu era “dotada” – muito inteligente e criativa. Mas eu tinha que trabalhar de verdade, realmente muito, com coisas que pareciam muito mais fáceis para outras meninas, tais como memorizar e prestar atenção.

Veja um exemplo: em matemática, ciência e artes, sou mais rápida em imaginar coisas do que outras garotas. Como quando minha professora nos mostra uma nova maneira de subtrair frações, parece óbvio para mim e não para as outras garotas. Mas, quando estou tentando ouvir alguém falando ou lendo, minha mente começa a vagar.

Uma vez, quando estávamos falando sobre plantas, em ciência, isso me fez pensar em meu jardim e no que iria plantar no ano seguinte. E isso me fez pensar sobre uma nova espécie de pimenta que eu tentava plantar para o meu pai, porque ele gosta de coisas apimentadas. E isso me fez pensar sobre as comidas apimentadas que ele costumava comer quando vivia em Singapura.

Parece uma espécie de galho de árvore, e logo eu não sei mais sobre o que é a discussão. Às vezes, isso é bom quando alguém está falando comigo, porque me ajuda a desenvolver a conversação. Se estou em aula, me ajuda a ter novas ideias que ninguém tinha pensado antes. Mas isso também me prejudica em aula, porque eu não capto sempre o que o professor está dizendo.

Às vezes tenho ideias complicadas que não consigo explicar para os outros. Isso realmente me frustra, e fico brava com a pessoa porque ela não está entendendo! Acho que você poderia dizer que eu choro facilmente. Isso realmente incomoda minha mãe. Às vezes, tenho a mesma espécie de problema quando preciso fazer uma pergunta. Fico travada com a pergunta porque não consigo formulá-la. E tenho os mesmos problemas quando estou tentando escrever minhas ideias em uma folha de papel.

Quando estou fazendo alguma coisa difícil para mim, como escrever, eu facilmente perco o foco e acabo fazendo um trabalho apressado, para que possa fazer alguma outra coisa na qual sou melhor. Mas, então, não ganho uma boa nota com o meu trabalho e me sinto mal. O problema é que há tantas coisas interessantes para eu fazer em minha casa; coisas que eu penso que sejam tão educativas quanto escrever. Eu realmente faço química e experimentos com alimentos na cozinha, ou tento usar outras misturas de sementes e solos em meu jardim, ou assisto ao History Channel ou Popular Mechanics for Kids, ou resolvo problemas e jogos de lógica. Eu prefiro estudar o comportamento dos pássaros (com meus pássaros, naturalmente!), trabalho no meu Web site com meu pai, e faço projetos de engenharia com madeira ou o que estiver sobrando por perto. Gosto da minha escola, mas odeio que o trabalho de casa tire o tempo para fazer essas coisas. Isso é o que ser dotada e ter TDAH.

Lições de vida

Tentei alguns remédios para me ajudar com o déficit de atenção. É tão esquisito que façam remédio para isso! Um me ajudou a me concentrar e a ter mais ânimo com a escola. Agora, outro me ajuda a ser mais otimista, mas, quando o efeito acaba, eu me sinto menos feliz e fico mais distraída. Meu remédio ajuda um pouco, mas ele não resolve completamente o problema da atenção. Ainda tenho de fazer esforço para manter a atenção, e, às vezes, fico distraída mesmo com o remédio.

Os remédios não resolvem os problemas que eu tenho com a memorização e com o estudo para as provas. Meu tutor sugeriu que eu desenhasse figuras quando estivesse memorizando fatos para minha prova de história. Por exemplo, quando estivesse estudando a Renascença, eu desenhasse a figura de uma harpa para o renascimento da música e uma cruz para o renascimento da cultura. Isso me ajudou a lembrar dessas coisas para uma prova. Mas demora muito estudar desse jeito, então eu não consegui estudar tudo e tirei uma nota baixa porque houve um monte de coisas que eu não consegui estudar. Às vezes, isso me faz querer desistir, quando verifico quão difícil é ter de estudar muito mais coisas que não são tão difíceis para os outros alunos.

Para mim, foi mais fácil aprender japonês porque quando você escreve em japonês, é arte, e eu adoro desenhar. A escrita japonesa é cheia de precisão, e eu gosto de ficar gastando um longo tempo com alguma coisa e torná-la exata. Mas a lentidão é outro problema que eu tenho e que frustra as outras pessoas. E o meu tutor diz que eu às vezes tenho dificuldade para decidir quando entrar em detalhes  torna melhor o meu trabalho ou quando isso realmente prejudica meu trabalho porque “eu não consigo ver a floresta pelas árvores”. Há um lado do japonês que tem sido difícil para mim. Estou atrasada em relação à minha classe no que diz respeito a decorar os caracteres japoneses e as combinações de caracteres.

No terceiro ano fui para uma escola para crianças com dificuldade de aprendizado, onde aprendi o método Slingerland de leitura. Isso realmente foi muito bom para mim. Agora leio livros que são difíceis de verdade, como The Golden Compass e The Amber Spyglass.

A visualização-verbalização foi realmente útil, também, para descobrir como soletrar. Ainda sou uma má soletradora, mas estou melhor do que era. Porém, as outras coisas da escola foram muito fáceis para mim, e eu ficava aborrecida porque já sabia ciência e matéria. Quando voltei para minha escola pública, os garotos me perguntavam, “Dana, você foi a uma escola especial no terceiro ano?” A Educação Especial não é uma coisa popular. Você precisa ser normal para ser legal.

Algumas pessoas idealizam os estudantes dotados porque pensam que eles são bons em todas as matérias, mas isso não é verdade. Não somos superinteligentes em tudo, como um computador. Sou dotada em algumas coisas. Meu tutor disse que sou um aprendiz visual. Por exemplo, em história, quando minha professora estava falando sobre a segunda guerra mundial, ela nos mostrou fotos das trincheiras em que eles lutavam. Sempre nos lembraremos daquelas cenas.

Ser dotada é uma coisa ruim em algumas das escolas em que estudei. No cinema, alunos espertalhões geralmente não são bons em esportes. As pessoas acham que se você é superesperto, então provavelmente você é fraco. É muito legal ser um gênio em matemática, mas é muito mais legal ser realmente atlético. Foi isso que eu descobri em minha escola pública.

Agora vou a uma escola para alunos dotados, e somos muito atléticos por lá. Fazemos movimentos e dança, e artes marciais, quase todos os dias. Fico feliz que os alunos da minha escola não ligam muito para o estilo e quão legais sejam suas roupas. Assim, para mim, é muito mais confortável.

Estamos juntos nessa

Qual é a melhor maneira de ajudar garotas como eu? Precisamos de muito apoio de nossos pais e não ser reprendidos por tirar notas baixas. A melhor coisa que os pais podem fazer é ajudar seus filhos a superar suas dificuldades. Ajudou-me muito quando minha mãe me mostrou novas maneiras de estudar para uma prova. Ajudou-me a encontrar amigos honestos, que não ficam falando mal pelas costas. Ajudou-me a encontrar uma escola onde os professores viram que eu tenhos coisas em que sou muito boa. Uma vez minha mãe me contou uma história sobre nerds de computador que acabam conquistando o mundo, e algumas vezes penso nessa história e me sinto muito melhor.

Espero que outros alunos dotados que tenham TDAH saibam que não estão sós. Espero que isso ajude os alunos a falar com seus pais e professores sobre coisas que os aborrecem e, assim, se sintam menos estranhos e solitários. Falar com eles sobre as coisas em que você é bom e quais são as coisas difíceis para você – e porque são difíceis para você – pode ajudar os alunos a descobrir como tornar a escola um pouco mais fácil. Acima de tudo, falar sobre coisas podem também ajudar os alunos a se sentir melhores sobre si mesmos.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A difícil arte de domar a mente tdah

Hoje foi mais um dia de cegueira mental...
Sabe aqueles dias em que nos sentimos perdidos no meio de tantas ideias, sonhos e obrigações tediosas?
Fico totalmente cega, sem saber para onde ir, o quê fazer, por onde começar...
Minha cabeça fica tão cheia de pensamentos que não consigo mais distinguir no que exatamente estou pensando...
Ela se torna numa mistura de pensamentos e sentimentos tão diferentes que chego no ponto de não saber no que estou pensando. O pior que isso dura quase o dia inteiro... 
Por várias horas fico postergando as coisas e sei que estou fazendo isso; ai começo ouvir minha mente dizer vai descansar um pouquinho, você está muito cansada... E por horas ignoro esse alerta, mas já houve um tempo em que ficava dias me ignorando.
Mas, atualmente, não tenho deixado a situação chegar a esse ponto e minha salvação tem sido as meditações do youtube que ouço diariamente. Só elas conseguem dar um restart na minha mente, e, para isso, eu preciso ficar quieta no meu quarto, deitada e repetindo para mim: fico feliz por você ter tirado um tempo só para você hoje (senão o sentimento de culpa começa a tomar conta de mim kkkkk).
É não é nada fácil encontrar a saída do labirinto quando sequer se sabe que está nele...
Não é fácil sentir-se perdida de si e é essa sensação que tenho quando tudo isso ocorre. Sinto me asfixiada por pensamentos que me sufocam ou por ideias complexas demais para saber por onde começar... isso tudo me deixa exausta e sem poder de reação. 
Mas, percebi que o hábito de me permitir relaxar com meditações me tira mais rápido desta cilada do TDAH.
É impressionante como nós TDAH mudamos de pensamento e sensações num piscar de olhos! 
O que é muito ruim... 
Mas também pode ser bom! 
Ora se a gente muda de estado de humor mais rápido que a velocidade da luz, temos que criar uma rotina que mude a frequência da nossa avalanche de pensamentos!
E ai que entra a meditação e a repetição automática de pensamentos permissivos e positivos. 
Já estou fazendo isso há mais de um mês e tenho produzido melhor, mas é claro que o TDAH não sumiu e continua me deixando ansiosa, desastrada, desatenta, esquecida, exausta etc. 
O que mudou foi como eu passei a lidar com a minha condição de portadora de TDAH e DPAC.
Estou tentando aceitar o fato de ser mais devagar de que os outros, apesar de parecer ser muito mais  rápida que a grande maioria...
Estou procurando aprender a seguir o meu ritmo e não o dos outros...
A única coisa que está faltando é conseguir levar adiante essa tática e persistir nela pelo menos por um ano.
Tomara que ela não me deixe entediada logo... seria bem típico do TDAH não acham? Kkkkkkk




UMA BOA SUGESTÃO: MEDITAÇÃO PARA TRANQUILIZAR A MENTE

Ideal para a hiperatividade mental!
Muito eficaz e super curtinha!
Façam bom proveito!