"Quem se ama, se respeita e se aceita e, consequentemente, ama, respeita e aceita o outro como é.
Por isso, quando me amo não espero nada do outro, pois nada me falta já que me amo.
Nesta visão, não é justo esperar ou criar expectativas sobre alguém, porque isso mantém o círculo vicioso e infantil de ser para os outros sem ser para si." Aline.
Cada vez mais passo a acreditar e ter certeza que muitos dos meus problemas são fruto da falta de amor próprio.
Ai vocês podem perguntar: você não se ama?
E minha resposta será depende, há coisas em mim que admiro, outras apenas não rejeito, porém existem algumas que escondo até de mim e o TDAH e o DPAC são duas delas.
Penso que antes de eu ter o diagnóstico e tomar consciência destas doenças era até "justificável" rejeitar esta parte em mim, para não ser rejeitada pelos outros. Contudo, hoje, com as informações que adquiri sobre a doença é ainda "válido" continuar me negando para ser aceita?
Acredito que não, mas também tenho que ser bondosa comigo e ver que não mudarei minhas crenças num piscar de olhos... afinal foram anos acreditando que alguns de meus comportamentos estavam ligados ao meu caráter, quando na verdade, à época não tinha condições de agir diferente.
Por anos, correlacionei a correção de meus atos com a satisfação alheia, isto é, se as pessoas ficam felizes com o que fiz agi certo, se não gostam agi errado...
Isto foi fazendo com que a minha opinião sobre o certo e errado fosse totalmente desconsiderada...
É claro que quando somos crianças precisamos deste referencial, o que acontece, é que na fase adulta, por termos nos acostumado a pautar nosso julgamento na reação alheia, continuamos reproduzindo este ciclo vicioso e isso não acaba nada bem...
Até que descobrimos que temos um transtorno (TDAH) e um déficit (DPAC) que justifica o porquê de termos nos tornado nosso pior inimigo... quantas vezes nos odiamos por não conseguir ser igual ou fazer a mesma coisa que outras crianças? Tenho certeza que todos responderão: quase sempre e, que isso continua acontecendo na fase adulta: por quê não consigo ser igual a todo mundo?
A resposta é óbvia e dolorosa, porque ninguém é igual, mas por quê mesmo sendo todos diferentes a maioria consegue fazer tranquilamente o que eu quase "morro" pra fazer?
A resposta que esquecemos de nos dar: porque tenho TDAH e DPAC! Simples assim.
O que não é tão simples é aceitar com amor e respeito algo que você não escolheu ter, mas que vai lhe acompanhar para sempre. Então, o que nos resta é lutar contra as falsas crenças que conseguiram retirar de nossos corações nosso principal aliado: o amor próprio!
Precisamos resgatar nossa essência e aceitar nossas limitações e, voltar a acreditar que somos pessoas com qualidades e não só com defeitos (como passamos a acreditar).
Mas, para isso, precisamos reaprender avaliar nosso ser com olhos misericordiosos e amorosos, para que sejamos fortalecidos pelo amor próprio e possamos nos defender e impor o nosso jeito, sem culpa ou medo de rejeição.
Porque a rejeição mais perigosa é a de si, pois se me aceito a rejeição do outro fica no outro, não permito que ela me faça mal e, ainda ganho forças para combatê-la se for injusta moralmente e juridicamente.
Sei que é um longo caminho, mas o importante é dar o primeiro passo e seguir...
Acredito que nem todos que leem meu blog são católicos e, eu não tenho nada contra isso, respeito à religião de todos, pois para mim a verdadeira religião é a que te faz uma pessoa melhor. Mas, achei muito boa essa pregação do Padre Fábio de Melo, pois ela fala mais ou menos o que tentei dizer aqui.
Padre Fábio de Melo - Amar se para amar - Pregação Completa
amar-se para amar
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