quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O que é processamento auditivo.


Documentário: Não sei fazer isso, mas sei fazer aquilo (parte 3)


Documentário: Não sei fazer issso, mas sei fazer aquilo( parte 2)


Documentário: Não sei fazer isso, mas sei fazer aquilo.


Eita tdah...

Vocês acreditam que antes de enviar as duas postagens de hoje estava vendo um documentário do blog "café com dda" e agora que vou sair do computador (quase uma hora depois), ao fechar as páginas, que me lembrei de ter interrompido o vídeo...
Eita vida de tdah kkkkkkkkkk
Ah, os vídeos que estava assistindo são os três acima: "não sei fazer isso, mas sei fazer isso".

A imaginação

Vejam como a procrastinação e falta de foco nos enlouquecem. Nesta segunda-feira, quando deitei para dormir, "minha cabeça começou a funcionar" (expressão muito utilizada pelo meu amado marido kkk). Então, para não perder minhas ideias as anotei num papel para postar no blog no dia seguinte, ou seja, terça-feira kkkk
Hoje, quarta-feira, vejo que já escrevi duas postagens desde segunda e me esqueci de enviar a do meu papelzinho amarrotado e cheio de rasuras kkk
Então vai ele: "De dia sonho acordada e à noite meus sonhos não me deixam dormir. Acho que somente durmo quando não percebo nada, o que quase nunca acontece. Se sonhos e pesadelos são fruto da imaginação, está explicado porque os tdah não dormem bem: a imaginação não nos acompanha só de dia."

Amizades e tdah/dpac

De fato, semelhante atrai semelhante. Meu núcleo de amizade sempre foi pequeno, mas profundo. Hoje percebo que sempre me envolvi com pessoas corajosas e guerreiras... mas, essa não era a visão das pessoas que nos cercavam... muitos eram taxados de inadequados, pois se negavam a seguir o modelo sem cor imposto pela sociedade. E acho que isso nos unia.
Essa luta diária pelo direito de ser diferente nunca foi só minha, cada um tinha a sua. E como eramos felizes assim... adorava o bom humor deles e eles a minha palhaçada.
É uma pena que essa vida de adulto tenha levado cada um para um canto, mas ainda mantemos contato e pelo que vejo alguns de nós, inclusive eu, se acorvadaram e tentaram se encaixar em moldes padronizados... é triste e exaustivo. Por isso, AMIGOS, os convoco para a reunião de nosso velho batalhão a fim de derrotarmos JUNTOS as batalhas diárias e vencer a guerra!
Quem está dentro?

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Escravidão moderna

Acho que tudo na vida tem uma lição... mas, devo admitir que como uma boa portadora de tdah sempre fugi de deveres de casa. kkk Contudo, cedo ou tarde, temos que enfrenta-los ainda que seja só para passar de ano. 
Ás vezes me pergunto porque o mundo está tão exigente... será que essa obsessão por ser vitorioso em tudo faz sentido? Devemos ser bons profissionais, filhos, companheiros, pais, amigos e não se esqueçam que isto deve estar num pacote apresentável, bem vestido e com excelente aparência! É uma comédia! Ou será que é uma nova modalidade de escravidão?
Ser constantemente lembrado/cobrado de resultados financeiros, amorosos e de popularidade é ser livre?
Hoje, depois de ter aprendido a lição (pelo menos por enquanto kkk), posso dizer que a resposta é depende. Sim, depende se você tem coragem suficiente para não ser o que esperam que seja... depende se vai assumir não ser perfeito em voz alta (porque em nosso íntimo sabemos disso) ... depende se conseguirá se aceitar do jeito que é. Portanto, todos sabemos que a escravidão velada está presente nos tempos atuais, mas a diferença é que agora podemos escolher se queremos livres. Também sei que não há liberdade real sem ajuda. Ora, sabemos que a assinatura da Lei Aurea não garantiu a verdadeira liberdade, pois nossas necessidades básicas somente são adquiridas com dinheiro. O mesmo acontece com a gente que tem tdah, para seremos livres precisamos de ajuda especializada. Sem o auxílio de psicólogos, fonoaudiologos, psiquiatras, não conseguimos "nadar sem morrer na praia"... entendem? Realmente a escravidão pode ser uma questão de covardia, mas também pode ser falta de opção.
Atualmente, tenho recebido muita colaboração dos meus "abolicionistas", ou melhor, especialistas e com eles sei que posso ser livre; não é fácil... mas, tenho consciência que somente as revoluções e busca por ideais são capazes de romper barreiras e criar uma nova situãção.
Ai você poderia me questionar e dizer: mas o que é ser livre?
Com toda franqueza iria lhe responder: para mim liberdade é sinônimo de aceitação. Aceitar quem somos é o passo mais importante para maximizarmos nossas qualidades; e perceber a relevância dessas superações, sejam elas valorizadas ou não pela sociedade, é LIBERTADOR!

domingo, 28 de outubro de 2012

O poder da fé

Sentir a presença de Deus e aceitar seus desígnos, mesmo sem entender, nos liberta. Sentir-se digno de pedir a intercessão do Espírito Santo, Jesus e Nossa Senhora restaura nossas forças. Saber e sentir que nossa missão está no amor e na alegria é como voltar enxergar sem sequer ter sido cego... por isso, a expressão "vigiai e orai" faz todo sentido.
De nada adianta ter fé e não cuidar dela...Mas, sem perceber, a abandonamos em alguns momentos. E quando reencontramos está fraca, precisando de cuidados.
Fazê-la reflorecer exige muita dedicação, mas seu fruto é o que mais se aproxima da PAZ DE ESPÍRITO. Com esta nos sentimos imbatíveis, é como ressucitar nossa essência...
Por isso, só podemos dizer que temos fé, independentemente da religião seguida, se ela nos torna pessoas melhores. É essa missão de qualquer ser: EVOLUIR!


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A felicidade está na desgraça alheia?

Não sei, às vezes meu jeito de pensar fica só na minha cabeça... não dá pra agumentar com as pessoas que são felizes ou se sentem obrigadas a ser, por não ter problemas tão graves como os do vizinho. Ai pergunto: a felicidade está na desgraça alheia? Entendo que NÃO!
Como vamos ficar contentes ou minimizar nossa dor pelo fato de outra pessoa sofrer mais?
É acho que sou de outro mundo... a tristreza de qualquer ser me comove, mas não me sinto melhor por não ter o mesmo problema.
Minha felicidade está em MIM! Sou a única responsável por ela e isso me deixa tranquila, pois a alegria de viver é meu sobrenome... algumas pessoas têm confundido minhas lágrimas com ingratidão e isso é triste... Amo minha vida, tudo que sou e tenho... as lágrimas são apenas um pedido de SOCORRO...
Tenho me isolado para conter meu grito de dor e para não brigar pelo meu direito de não gostar de ficar fraca, zonza, sem energia, de ter diarréia, enfim, não é agradável ficar anos sem entender porque seu corpo resolveu deixar sua alma... é como se ele não fizesse mais parte de mim... e isso me faz chorar...
Por outro lado, minha alma está serena e feliz, me reencontrei... e sei que, em breve, meu corpo também irá se reencontrar.
E por tais motivos me questiono se algum dia mais pessoas se darão conta de que todos sofrem, por diferentes causas, mas sofrem. Será que notarão que a dor não irá diminuir só porque a conta bancária da sua família é maior que a de algumas?
Porque as pessoas associam as conquistas ou bençãos à perda do direito de sofrer?
Dizem: tem muita gente que passa fome; engula o choro. O que tem a ver uma coisa com a outra?
Frases feitas realmente não tem vez no meu mundo criativo e observador... para mim, ver a grama do vizinho morta significa que ele está precisando de ajuda e não de alguém que lhe aponte outra grama em estado pior que a sua...

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Re CLAMAR...

Realmente, tenho que concordar com a minha amada torturadora, ou melhor fonoaudióloga, quando diz que reclamo demais. kkkkkkkkk Hoje, além de me torturar por uma hora com exercícios que fazem meu cérebro literalmente entrar em parafuso, vem ela com aquele sorriso e diz: nossa Aline como vc reclama de barriga cheia! Sei que ela faz isso só para me irritar, afinal ela adora me deixar confusa kkkkkkkk
Brincadeirinha viu Dra.; é que quando me disse para não comentar no blog sobre a "tortura" que faz seus pacientes passarem não aguentei... já viu né: juntou a fome com a vontade de comer kkkkk
Deixando de lado as brincadeiras, devo dizer que esse tratamento me ajuda muito. Não vou dizer que é fácil treinar seu cérebro a fazer coisas que ele odeia: ouvir corretamente, processar a informação sem danificá-la, memorizá-la e (principalmente) NÃO SE DISTRAIR DURANTE esse processo. Mas, também não posso esqueçer dos momentos lúdicos que tenho no consultório... como damos risadas, além de carrasca, minha fono tb é muito bem humorada kkkkkk e a secretária dela é um amor de pessoa. Adoro elas!
Enfim, são esses tipos de experiências que nos engrandecem e levam a gente para frente. Hoje, por exemplo, percebi mais uma grande evolução: minha memória curta melhorou muito... mas, claro que já no terceiro exercício estava exausta kkkkkk E não vem dizer que estou reclamando viu Dra.! kkkk
Falando em reclamar, fiquei pensando no signifcado da palavra e posso dizer com toda certeza que mais RE CLAMO algo que de algo... entenderam? Acho que qualquer pessoa incompreendida mais CLAMA por alguma coisa, que reclama de algo. Clamamos por AJUDA... e isso é triste. Não sei se as pessoas que os cercam também tem mania de achar que a solução dos problemas está no trabalho e dedicação; que o tdah é frescura e desculpa para ser tão cansada...
Por isso, CLAMO e se tiver que fazer isso mais de uma vez vou RE clamar, e depois RE RE clamar...
Imaginem se eu dizendo que não estou bem (o que se nota nitidamente, até pela minha aparência) as pessoas não acreditam... isso é pq Deus me abençoou com a alegria de viver e quando começo a sentir que, embora feliz, não esteja vivendo: RE CLAMO SIM!



domingo, 21 de outubro de 2012

Somos Todos Diferentes - Filme Completo


O AMOR...

Deus nunca nós dá um fardo que não podemos carregar, nem que para isso lhe envie ANJOS encarregados de ajudar...
E foi exatamente isso que aconteceu em minha vida... conheci um rapaz que tinha medo de se aproximar de mim por me achar IGUAL... na mente dele eu era uma menina metida que jamais ia querer algo com alguém sem riquezas mundanas... Depois da operação cupido de uma grande amiga minha ele se surpreendeu e se apaixonou justamente por eu ser DIFERENTE!
Sim, sou diferente. As preciosidades para mim são as emoções puras e verdadeiras e a grande capacidade de amar. E, por isso, gosto de homens ricos sim, mas essa fartura deve ser no ser e não no ter!
Serei eternamente grata por encontrar alguém que enxerga meu coração e ama meu jeito de menina... e tb por essa pessoa, que é o meu marido, me amar até nos momentos em que nem eu me amva...
É quantas vezes me acompanhou em médicos e se privou de suas coisas para me apoiar... quantas vezes teve paciência e, sorrindo, me ajudou a limpar a sujeira que fiz por ter derrubado algo... quantas vezes ignorou minhas explosões de raiva... quantas vezes chorou comigo...
Ter ao seu lado uma pessoa que lhe acompanha em todos momentos, felizes ou não, é uma benção.
E se ser diferente foi o que nós uniu... então viva as diferenças!



sábado, 20 de outubro de 2012

O preço da armadura

Desde quando comecei a luta pelo reencontro de minha espontaneidade (há uns dois anos), esbarro no estrago que o peso de minha armadura deixou em meu corpo... Recuperar minha alma tem sido menos trabalhoso que recuperar meu corpo. É, o uso de uma roupa mais pesada que meu limite físico (que não é pequeno) está cobrando seu preço e, devo dizer: não é barato...
Meus olhos teimam em querer fechar, minha cabeça inventa de girar, meu coração sempre dá um jeito de acelerar e minhas pernas em parar... enfim meu corpo faz de tudo para se entregar.
Por outro lado, o brilho, a imensa vontade de viver e minha eterna criança teimam em sacudir.
Dessa guerra estranha e confusa tirei, ao menos, um ensinamento: nós mesmos criamos nossas correntes e às vezes até nos fazemos prisioneiros em troca da aceitação alheia.
Mas está tudo errado! Somos nossos carcereiros, e depende da gente dar um basta nas espectativas irrerais e desleais criadas e impostas.
Chega!
Cansei de ser compreensiva e não ser entendida... estou farta de encontrar pessoas que nunca me enxergam por ser impossível ver alguém quando se anda olhaando para baixo, pro próprio umbigo! Chega de levantar a cabeça e ouvir lamentações desproporcionais sem poder dizer: também não estou bem!
Hoje estou tentando vender minha armadura, alguém quer comprar?

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Dúvida cruel: devo sair do armário?

Tenho me perguntado se devo assumir para os amigos e familiares que tenho tdah... não sei se o "crime" vale a pena. Acho que primeiro tenho que decidir se quero compartilhar algo tão pessoal e complexo... Até porque se eu contar vou passar por um interrogatório e isso será doloroso... relembrar situações embaraçosas e humilhantes, tão bem guardadas que fingo ter esquecido, não será fácil.
Por isso pergunto: é necessário?
Precisamos mesmo dar satisfação de tudo que fazemos na vida? Isso vai me ajudar? Pode ser que sim, mas no momento vejo mais aspectos negativos que positivos. Não quero ser rotulada, e isso provavelmente irá acontecer... alguns irão achar que é uma desculpa por não ter passado no concurso para magistratura, outros que sou mimada (filhinha do papai) e os que sempre me aceitaram com ou sem o diagnóstico vão pensar: isso faz muito sentido... e conhecendo a Aline sei que irá enfrentar bravamente essa nova fase... E foi exatamente isso que uma grande amiga me disse: Aline vai precisar ser valente de novo! Agradeço muito a ela, posso dizer que mais uma vez Deus me abençoou com uma amiga tão especial... é engraçado, mas mesmo sem dizer ela sempre soube das minhas lutas, e sempre me incentivou a encará-las... a sensação que tenho é que perto dela minha cabeça fica transparente e ela consegue ver tudo que se passa lá. Por isso, gostaria de agradecer publicamente a essa grande amiga chamada CRIS C. OBRIGADA POR SER UM ANJO EM MINHA VIDA!
 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Dá pra entender? kkkk

Como a vida é engraçada. Hoje estou me sentindo muito fraca e cansada, mas feliz... como assim vcs podem perguntar? É feliz e a palavra chave desta alegria é PERMIRTIR... me permitir errar, cansar, esquecer... enfim, me dar a chance de ser mais falível e humana.
Há anos fui um robo... tentei ser o q não era... (opa... acho que estou exagerando de novo... kkkk)mas, também descobri uma força imensa em mim e em Deus!
A questão é: fiz Direito não só por ser uma carreira respeitável de pessoas supostamente inteligentes com roupas lindas...kkk mas, também, porque sou apaixonada pelo que ele pode fazer... como diria meu irmão: sou a defensora dos injustiçados (tudo bem que ele fala isso rindo kkkk).
Mas, eu sou assim: pura emoção!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

“Mas é claro que o sol vai voltar amanhã”


Hoje depois de chegar do trabalho, liguei uma música relaxante e troquei de roupa, depois fiquei deitada comendo amoras... fiquei  feliz por me reencontrar mais um dia. São estes momentos simples que me tocam e tranquilizam. Depois fui caminhar e consegui esquecer o mundo ao redor, só olhava para os coqueiros da rua admirada com sua beleza, balançava minhas chaves nas mãos e sentia a brisa em meu rosto... isso me dá uma liberdade. Conseguir andar sem me distrair pelos olhares, barulhos, imaginação etc... às vezes consigo ter estes momentos únicos... é como encontrar-se com Deus... o silêncio interior.... algo tão difícil para uma tdah, mas tão prazeroso.

Chegar em casa e continuar ouvindo o mp4 e deixar o corpo movimentar sem sentido.... aff como é bom... acho que serei uma eterna criança, por outro lado, fingir ser adulto me torna triste e exausta. Simplesmente não me encaixo... queria poder me sustentar fazendo isso: ser criança! Tenho me perguntado muito sobre minha vocação e hoje percebi que ela com certeza é ser livre/criativa, mas com a alma de uma criança que se emociona facilmente e tem uma sede enorme em descobrir o mundo da bondade e não o da crueldade.

“Quero me encontrar, mas não sei aonde estou, vem comigo procurar um lugar mais calmo, longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita, tenho quase certeza que eu não sou daqui...Deixa ver como viver é bom.” Legião Urbana.

Continuando...

Após este longo período de desgaste mental, hoje a falta de energia que predomina em minha vida... Claro que mesmo assim tenho dificuldade em ficar parada.... Mas, em meados de 2011 comecei a enxergar um luz no fim do tunel: conheci uma senhora muito especial chamada Dáurea que me fez ver a vida com mais leveza e cuidar melhor dos meus pensamentos... o que é muito difícil kkkk A energização, a fé em Deus, Nossa Senhora, Jesus, São Judas Tadeu, enfim, a FÉ, me ajudam muito! Sai da depressão causada pela falta de forças e comecei a tentar mudar o foco de meus pensamentos. Não pensem que foi fácil, pois não foi... imagine uma pessoa desconcentrada e com a mente a mil por hora alterar a forma de pensar... contudo, o tdah tb é muito persistente e com a ajuda de tal qualidade que até hoje encaro este luta diária de titãs.
Outra ajuda muito importante foram os profissionais que entraram nesta batalha: meu psiquiatra e minha fonoaudióloga. Estes conseguiram ver uma parte de mim que por anos tinha tentado esquecer... Logo perceberam a armadura que criei por questão de sobrevivência social e acadêmica. E, pela primeira vez na vida não me senti culpada por dizer que tinha dificuldade em me concentrar; pelo contrário, logo eles viram que eu mais escondia meu sofrimento que o fazia de muleta. Tentam me fazer enxergar que eu tenho limites e que se as pessoas não entendem a redução de meu trabalho, por questão de saúde, o problema está nelas e não em mim.
Agradeço a Deus por tê-los colocado em meu caminho, pois sei que assim poderei lidar melhor com minhas limitações invisíveis.
Outra pessoa fundamental e indispensável é o meu marido. Ele desde que começamos a namorar sempre buscou levantar minha autoestima acadêmica e brincar, sem saber com os sintomas do tdah e dpac. Falava: sua cabeça funciona hein! Ria do meu jeito desastrado (no primeiro dia que saimos juntos ele já me viu derrubando coca- cola e bolo na minha perna kkk; tinha paciência nos momentos de descontrole emocional, quase diário;  admirava minha energia e garra nos esportes - eu era o seu motorzinho. Aos poucos ele me ensinou, com a paciência de um monge, a me organizar (mesmo que por períodos pequenos), acreditar em mim, pensar antes de falar etc. É o amor faz milagres! kkk

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Apresentação

Ser ou não ser eis a questão...
É enfrentar os obstáculos do tdah e dpac (defict do processamento auditivo central) não foram os únicos em minha vida...
Hoje, sou adulta tenho 31 anos e há uns três anos atrás recebi o primeiro diagnóstico de tdah, mas o médico disse que estava curada. Foi um momento muito confuso. Primeiro ele diz leia o livro mentes inquietas e eu faço isso e me identifico quase 100%, parecia um raio x de minha vida desde a infância e, depois na outra consulta ele fala: "vc realmente teve tdah, mas está curada, pois formou em direito, fez duas pós-graduações, passou em alguns concursos públicos". Só que ele simplesmente se esqueceu pq eu o tinha procurado: insônia e exaustão. Realmente, não poderia ter tdah e não ter energia não é? Minha psicóloga dizia o mesmo vc sofre é de ansiedade, não tem tdah; até pq: se vc conseguiu fazer tudo isso é pq não tem tdah.
Confesso que fui responsável por estes diagnósticos, pois ao longo dos anos de minha vida fui criando uma nova Aline, estava cansada de ser o patinho feio, a menina explosiva e burra, sempre alheia ao que acontecia ao seu redor...
Por isso, na faculdade decidi que iria ser uma boa aluna e que ia conseguir a todo custo entender o que os professores diziam, nem que fosse preciso anotar tudo q eles falassem. E foi isso que fiz, sentava na primeira carteira e, mesmo sem ter noção do que escrevia, anotava tudo que era dito. Era horrível, mas eu estava determinada a seguir meu plano; imaginem assistir uma aula sem entender quase nada e nem saber sobre o que o professor falava. Muitas vezes no intervalo das aulas alguém me perguntava o que o professor tinha dado e eu desconversava... Só ia entender melhor quando lia as anotações em casa. E foi assim por longos 5 anos até eu me formar: ufa consegui! Mas neste período tb ganhei outras coisas: ansiedade generalizada (me tornar ansiosa foi uma estratégia para não ficar muito avoada e não esquecer coisas importantes); gastrite (com direito a internação no hospital por dois dias, em razão do estress); labirinto patia (todo final de ano sentia tontura); fiquei rouca no último ano da faculdade; esgotamento físico e mental; fim da vida social - minhas energias eram esgotadas nos estudos...