segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Apresentação

Ser ou não ser eis a questão...
É enfrentar os obstáculos do tdah e dpac (defict do processamento auditivo central) não foram os únicos em minha vida...
Hoje, sou adulta tenho 31 anos e há uns três anos atrás recebi o primeiro diagnóstico de tdah, mas o médico disse que estava curada. Foi um momento muito confuso. Primeiro ele diz leia o livro mentes inquietas e eu faço isso e me identifico quase 100%, parecia um raio x de minha vida desde a infância e, depois na outra consulta ele fala: "vc realmente teve tdah, mas está curada, pois formou em direito, fez duas pós-graduações, passou em alguns concursos públicos". Só que ele simplesmente se esqueceu pq eu o tinha procurado: insônia e exaustão. Realmente, não poderia ter tdah e não ter energia não é? Minha psicóloga dizia o mesmo vc sofre é de ansiedade, não tem tdah; até pq: se vc conseguiu fazer tudo isso é pq não tem tdah.
Confesso que fui responsável por estes diagnósticos, pois ao longo dos anos de minha vida fui criando uma nova Aline, estava cansada de ser o patinho feio, a menina explosiva e burra, sempre alheia ao que acontecia ao seu redor...
Por isso, na faculdade decidi que iria ser uma boa aluna e que ia conseguir a todo custo entender o que os professores diziam, nem que fosse preciso anotar tudo q eles falassem. E foi isso que fiz, sentava na primeira carteira e, mesmo sem ter noção do que escrevia, anotava tudo que era dito. Era horrível, mas eu estava determinada a seguir meu plano; imaginem assistir uma aula sem entender quase nada e nem saber sobre o que o professor falava. Muitas vezes no intervalo das aulas alguém me perguntava o que o professor tinha dado e eu desconversava... Só ia entender melhor quando lia as anotações em casa. E foi assim por longos 5 anos até eu me formar: ufa consegui! Mas neste período tb ganhei outras coisas: ansiedade generalizada (me tornar ansiosa foi uma estratégia para não ficar muito avoada e não esquecer coisas importantes); gastrite (com direito a internação no hospital por dois dias, em razão do estress); labirinto patia (todo final de ano sentia tontura); fiquei rouca no último ano da faculdade; esgotamento físico e mental; fim da vida social - minhas energias eram esgotadas nos estudos...

3 comentários:

  1. Eu tambem usei a mesma tática na faculdade, eu só anotava o que passavam no quadro, e assim, estudava em casa.

    Adorava ver a reação dos meus colegas, que falavam que eu práticamente dormia na sala de aula e mesmo assim tirava nota boa.

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  2. Oi Peregrino! No meu caso eu estudava em casa e praticamente decorava as informações (minha memória é excelente), pq entender a matéria mesmo só consegui anos depois de formada... kkk
    Ninguém desconfiava, pois usava meu lado teatral e fingia estar prestando atenção, sabe aquela cara de quem está entendendo tudo, mas na verdade está viajando longe? kkkkkk
    Valeu pela vistia!
    Até mais!

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  3. No meu caso, sou péssimo em decorar, e para captar as informações eu tenho de entender...

    É igual aquele exercicio que faziamos quando eramos mais novos...

    "leia o texto acima e resuma com suas palavras o que entendeu"...

    axo que essa habilidade só não serve no ramo do Direito, no qual tem que ser "exatamente" como esta escrito na lei.

    Eu até dava aulas de reforço aos colegas da faku...

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