Nos últimos dois meses, me consultei com dois médicos: um gastro e uma ginecologista. Especialidades diferentes, mas preconceitos iguais...
Depois que comecei a tomar ritalina, sou forçada a contar que tenho tdah para todo médico que vou, porque sempre vem a famosa pergunta: está tomando algum remédio?
Af, como odeio isso! Até porque depois da grande revelação, tenho que me justificar e tentar convencê-los que tenho mesmo tdah e dpac.
Tenho que contar as inúmeras doenças que tive em razão da ausência de diagnóstico e do estresses que o tdah e o dpac causaram, aí surge outra complicação: convencê-los que não sou uma hipocondríaca kkkkk
Saio acabada da consulta... Não é fácil aguentar os olhares de descrédito que são lançados para mim durante toda consulta... Até entendo, afinal nem eu consigo acreditar que com apenas 32 anos já tive vários diagnósticos diferentes, mas todos relacionados com o bendito tdah e dpac. Passei por inúmeras doenças: ansiedade generalizada (TAG), gastrite, esofagite, refluxo, síndrome do intestino irritável, retirada da vesícula, labirinto patia, zumbido no ouvido, fibromialgia, insônia, sono agitado não reparador, enxaqueca etc.
Tenho vergonha, fico com a sensação de que sou um et, um caso perdido...
O pior é que, desde então, sempre busquei seguir os conselhos médicos, mas a verdade é que com o acúmulo de tanta coisa começou a ficar difícil mudar tanta coisa em mim: hábitos alimentares, comportamentos, pensamentos, crenças, prática de exercício físico (restrição de atividades em razão da fibromialgia e tontura) etc.
Hoje, graças a Deus, a muita força de vontade e ajuda profissional de excelência grande parte daquelas doenças intrusas se foram, mas é claro que de vez enquando fazem uma visitinha kkkk
Mas, melhorei muito desde que comecei a fazer tratamento com profissionais que me enxergaram tão bem, que viram coisas em mim que desconhecia. Eles são anjos que ajudam a tornar essa luta um pouco mais leve e com mais autenticidade. E, por causa deles, sei que algum dia conseguirei ir a outros médicos sem ter vergonha de dizer que tenho tdah e dpac e, pouco me importar se vão me achar uma maluca. Afinal de contas, de médico e louco todo mundo tem um pouco kkkkk
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Música "Learn to fly" (foo fighters) = aprender a conviver com o tdah e dpac
http://youtu.be/0E89RAcXKDg
Tradução da música "learn to fly" Foo Fighters
Aprender a voar
Corra e conte todos os anjos
Isso pode durar a noite toda
Acho que preciso de um diabo para me ajudar a acertar as coisas
Me amarre em uma nova revolução POSTERGAÇÕES E AUTOSSABOTAGENS
Porque essa é uma mentira
Ficamos sentados rindo e olhando o último morrer
Estou procurando no céu algo pra me salvar
Procurando um sinal de vida
Procurando algo para me ajudar a acender o brilho
Estou procurando por complicações BUSCA CONSTANTE POR DESAFIOS/NOVIDADES
Procurando porque eu estou cansado de tentar FRUSTRAÇÕES
Fazer meu caminho pra casa quando aprender a voar
Acho que estou perdendo a paciência "BAIXA TOLERÂNCIA À FRUSTRAÇÕES"
Posso esperar mais uma noite
Eu dou tudo se você me der mais uma chance para tentar
Viveremos felizes se você apenas salvar minha vida
Corra e diga para os anjos que está tudo bem
Estou procurando no céu algo pra me salvar
Procurando um sinal de vida
Procurando algo para me ajudar a acender o brilho
Estou procurando por complicações
Procurando porque eu estou cansado de tentar "BAIXA TOLERÂNCIA À FRUSTRAÇÕES"
Fazer meu caminho pra casa quando aprender a voar
Fazer meu caminho pra casa quando aprender a
Voe por aí comigo, não vou conseguir fazer isso sozinho TRATAMENTOS
Tentar e viver minha vida sozinho
Voe por aí comigo, não vou conseguir fazer isso sozinho
Tentar viver minha vida sozinho
Estou procurando no céu algo pra me salvar
Procurando um sinal de vida
Procurando algo para me ajudar a acender o brilho
Estou procurando por complicações
Procurando porque eu estou cansado de tentar
Fazer meu caminho pra casa quando aprender a
Estou procurando no céu algo pra me salvar
Procurando um sinal de vida
Procurando algo para me ajudar a acender o brilho
Estou procurando por complicações
Procurando porque eu estou cansado de tentar
Fazer meu caminho pra casa quando aprender a voar VIVER BEM APESAR DO TDAH/DPAC
Fazer meu caminho pra casa quando aprender a voar
Fazer meu caminho pra casa quando aprender a, aprender a, aprender a
Link: http://www.vagalume.com.br/foo-fighters/learn-to-fly-traducao.html#ixzz2l8XmloFM
RESUMO DA VIDA E DILEMAS DOS PORTADORES DE TDAH: FOO FIGHTERS - "The best of you"
É impressionante! Sempre tenho a sensação que o mundo está "tirando o meu melhor".
Link: http://www.vagalume.com.br/foo-fighters/the-best-of-you-traducao.html#ixzz2l8TgTWZa
Mas, na verdade sou eu quem aceito e concordo com as exigências homogêneas impostas "goela abaixo"...
Ai percebo, com pesar, que eu permito que "tirem o meu melhor"...
Desta constatação nasce a difícil tarefa de conciliar os dois mundos: o que sou e, o que querem que eu seja... Pra falar a verdade gostaria de viver só no primeiro, mas nele ainda não surgiram oportunidades reais que garantam o meu sustento, então o que me resta é resistir; afinal, como diz a música: "você nasceu para resistir ou ser abusado?"
Não deixem de ver o clipe da música "the best of you" (o seu melhor) no link abaixo:
Tradução da letra da música:
Eu tenho outra confissão a fazer
Eu sou seu tolo
Todo mundo tem suas correntes para quebrar
Prendendo você
Você nasceu para resistir ou para ser abusado?
Tem alguém tirando o melhor, o melhor, o melhor, o melhor de você?
Tem alguém tirando o melhor, o melhor, o melhor, o melhor de você?
Você se foi e está com outra pessoa?
Eu precisava de algum lugar para me enforcar
Sem seu laço
Você me deu algo que eu não tinha
Mas não teve utilidade
Eu estava fraco demais para me entregar
Forte demais para perder
Meu coração está preso novamente
Mas eu me liberto
Minha cabeça está me dando vida ou morte
Mas eu não consigo escolher
Eu juro que nunca vou me entregar
Eu me recuso
Tem alguém tirando o melhor, o melhor, o melhor, o melhor de você?
Tem alguém tirando o melhor, o melhor, o melhor, o melhor de você?
Alguém tomou sua fé?
É real, a dor que você sente
Você confia, você deve
Confessar
Tem alguém tirando o melhor, o melhor, o melhor, o melhor de você?
Alguém tomou sua fé?
É real, a dor que você sente
A vida, o amor
Você morre para curar
A esperança que começa
Os corações partidos
Você confia, você deve
Confessar
Tem alguém tirando o melhor, o melhor, o melhor, o melhor de você?
Tem alguém tirando o melhor, o melhor, o melhor, o melhor de você?
Eu tenho outra confissão, meu amigo
Eu não sou idiota
Eu estou ficando cansado de começar de novo
em algum novo lugar
Você nasceu para resistir ou para ser abusado?
Eu juro que nunca vou me entregar
Eu me recuso
Tem alguém tirando o melhor, o melhor, o melhor, o melhor de você?
Tem alguém tirando o melhor, o melhor, o melhor, o melhor de você?
Alguém tomou sua fé?
É real, a dor que você sente
Você confia, você deve
Confessar
Tem alguém tirando o melhor, o melhor, o melhor, o melhor de você?
Link: http://www.vagalume.com.br/foo-fighters/the-best-of-you-traducao.html#ixzz2l8TgTWZa
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
A impulsividade do TDAH
Estou num dilema: reprimir meus sentimentos ou ter ataques de raiva?
Claro o que o ideal seria dosar esses dois, mas como alguém que é 8 ou 80 consegue fazer isso?
Minha mente simplesmente não consegue funcionar com esse dois comandos ativos, ou ela lembra de explodir e faz isso sempre ou ela se cala em todas ocasiões...
As consequências são: a tristeza por calar e o descontrole por agir (fico mais acelerada que o normal). Mas, em ambos os casos meu corpo fica estraçalhado e cansado, parecendo que foi pisoteado por uma multidão.
O quê fazer então?
Antigamente não fazia nada, mas há uns dois anos tenho aplicado técnicas de relaxamento para voltar ao equilíbrio (ou ao menos tentar kkkk). E tem funcionado.
Abaixo segue um link para lidar com a raiva e com a tristeza, espero que gostem.
Meditação para livrar-se da raiva armazenada:
http://youtu.be/jXYhQiDsBio
Meditação para quando estiver triste:
http://youtu.be/x6nYepJqrs8
Claro o que o ideal seria dosar esses dois, mas como alguém que é 8 ou 80 consegue fazer isso?
Minha mente simplesmente não consegue funcionar com esse dois comandos ativos, ou ela lembra de explodir e faz isso sempre ou ela se cala em todas ocasiões...
As consequências são: a tristeza por calar e o descontrole por agir (fico mais acelerada que o normal). Mas, em ambos os casos meu corpo fica estraçalhado e cansado, parecendo que foi pisoteado por uma multidão.
O quê fazer então?
Antigamente não fazia nada, mas há uns dois anos tenho aplicado técnicas de relaxamento para voltar ao equilíbrio (ou ao menos tentar kkkk). E tem funcionado.
Abaixo segue um link para lidar com a raiva e com a tristeza, espero que gostem.
Meditação para livrar-se da raiva armazenada:
http://youtu.be/jXYhQiDsBio
Meditação para quando estiver triste:
http://youtu.be/x6nYepJqrs8
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Auxílio para portadores de tdah com mais de 65 anos HC São Paulo
A ABDA divulgou um importante comunicado para os portadores tdah com mais de 65 anos. Para saber mais acesse o site www.tdah.org.br
sábado, 2 de novembro de 2013
A velha INquietAÇÃO de sábado
É impressionante como todo sábado sofro por estar dentro de uma ação quieta, tb conhecida como inquietação: IN (dentro) QUIETA (corpo imóvel) AÇÃO (mente a todo vapor).
Chega a ser um contra-senso, pois coabitam em mim duas partes: a do agir e a da inércia.
Demora um pouco, mas do nada vem uma luz: Aline está tudo bem isso só é mais uma visita da sua velha "amiga" ansiedade, que sempre lhe traz como "presente" o velho sentimento de culpa e medo por você não estar fazendo as inúmeras coisas que sua cabeça ordena...
Surge um alívio...
Volto pra terra... cansada... afinal estava presa em sentimentos sufocantes e angustiantes; mas chego com a certeza de que vivenciar algumas situações é mais fácil que imaginá-las.
Agora percebo que essa INquietAÇÃO não foi fruto de uma imaginação sem limites, mas sim de uma mente acorrentada a "mania" de querer "abraçar o mundo" com seus braços pequenos e pouco flexíveis.
É, essa falta de foco somada a enxurrada de pensamentos só podia resultar nisso...
Mas, estes vilões não contavam com a minha arma da auto-análise, adquirida em uma das excelentes sessões de terapia kkkkk (que aliás preciso voltar a fazer kkkk)
Então: tchau tchau angústia e inquietação... Vou focar em apenas um dos desejos e realizá-lo com toda calma e desatenção do mundo kkkkk
Chega a ser um contra-senso, pois coabitam em mim duas partes: a do agir e a da inércia.
Demora um pouco, mas do nada vem uma luz: Aline está tudo bem isso só é mais uma visita da sua velha "amiga" ansiedade, que sempre lhe traz como "presente" o velho sentimento de culpa e medo por você não estar fazendo as inúmeras coisas que sua cabeça ordena...
Surge um alívio...
Volto pra terra... cansada... afinal estava presa em sentimentos sufocantes e angustiantes; mas chego com a certeza de que vivenciar algumas situações é mais fácil que imaginá-las.
Agora percebo que essa INquietAÇÃO não foi fruto de uma imaginação sem limites, mas sim de uma mente acorrentada a "mania" de querer "abraçar o mundo" com seus braços pequenos e pouco flexíveis.
É, essa falta de foco somada a enxurrada de pensamentos só podia resultar nisso...
Mas, estes vilões não contavam com a minha arma da auto-análise, adquirida em uma das excelentes sessões de terapia kkkkk (que aliás preciso voltar a fazer kkkk)
Então: tchau tchau angústia e inquietação... Vou focar em apenas um dos desejos e realizá-lo com toda calma e desatenção do mundo kkkkk
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
TÉCNICAS PARA COMBATER A MONTANHA RUSSA DE EMOÇÕES DO TDAH
Vocês devem ter notado que minhas últimas portagens tem tratado mais das feridas causadas pela discriminação que, nós portadores de TDAH e DPAC, sofremos que dos sintomas destes.
Neste meio tempo, tenho procurado vídeos que me auxiliem a lidar tanto com alguns traumas, como com a montanha russa de emoções diárias.
Encontrei um alguns muito bons e, que parecem ser eficientes (preciso de mais alguns dias para verificar a sua eficácia).
SÃO ELES:
1. Para liberar a tristeza, angústia, raiva e ansiedade
http://youtu.be/GK5djVKoQWk
2. Para sentir-se bem e se aceitar
http://youtu.be/QMRsJ0eX8vU
3. Para livrar-se do estresse e de tanta cobrança
http://youtu.be/ojqLFtKdquM
4. Trabalhar traumas ou frases que lhe machucaram
http://youtu.be/qaPZ-hnRDkk
Neste meio tempo, tenho procurado vídeos que me auxiliem a lidar tanto com alguns traumas, como com a montanha russa de emoções diárias.
Encontrei um alguns muito bons e, que parecem ser eficientes (preciso de mais alguns dias para verificar a sua eficácia).
SÃO ELES:
1. Para liberar a tristeza, angústia, raiva e ansiedade
http://youtu.be/GK5djVKoQWk
2. Para sentir-se bem e se aceitar
http://youtu.be/QMRsJ0eX8vU
3. Para livrar-se do estresse e de tanta cobrança
http://youtu.be/ojqLFtKdquM
4. Trabalhar traumas ou frases que lhe machucaram
http://youtu.be/qaPZ-hnRDkk
domingo, 6 de outubro de 2013
NOS FAZEMOS DE VÍTIMA OU SOMOS VÍTIMAS DA IGNORÂNCIA?
Resposta ao apoio recebido de uma grande colega de batalha contra o preconceito e sintomas do tdah e dpac:
Nossa muito obrigada pela força!
Vc não imagina como fico feliz em saber que nem todos acham q sou fruto da moda do tdah. Sabe, é duro viver num mundo em que quase nada é feito de acordo com nossas habilidades. É tão cruel o foco dado as nossas limitações.
Percebi q também sofreu muito com a inadequação de ser dpac e tdah e acho q por isso entende o que estou falando...
O pior de tudo é que o esforço vem de um lado só. Apenas, nós, portadores de tdah e dpac temos que nos sacrificar para nos adequar a um sistema de aprendizado que funciona diferente do nosso; somente a gente têm que aniquilar nossas habilidades e inteligências distintas para se enquadrar numa cultura da super valorização da produção veloz e repetitiva (odiamos fazer coisas sem sentido, sem novidades e desinteressantes).
Por que as escolas nos aprisionam ao invés de libertar?
Pq meu pai insiste em me moldar numa profissional que anula minhas habilidades e desconsidera minhas limitações?
Pq ele não consegue ver minhas vitórias sem me achar uma fracassada por não ser como ele?
Pq tenho que ganhar rios de dinheiro se o que me faz feliz é de graça?
Pq tenho receio em não fazer o que ele diz? Para esta pergunta tenho resposta: é pq o mundo funciona e pensa como ele! Mas, isso não pode continuar assim, ou pelo menos, temos que nos rebelar contra tudo isso.... não dá pra continuar permitindo que tantas crianças ainda sejam discriminadas por pensarem, aprenderem, ouvirem e verem diferente da maioria. Não podemos permitir que nos moldem conforme a conveniência social...
Não estou pedindo que lutem contra tudo isso pq sei que de lutas nossas vidas já estão cheias, mas que apenas resistam e não desistam de vocês!
Obrigada pelo apoio e desculpe pelo desabafo.
Ah, não ache que vc só falou coisas negativas e que só sabe lamentar...
A VERDADE É:
NÃO SOMOS NÓS QUE NOS FAZEMOS DE VÍTIMA, MAS SIM A SOCIEDADE QUE NOS EXCLUI.
É ELA QUEM NOS TORNA VÍTIMAS DA INTOLERÂNCIA, PRECONCEITO E DO DESRESPEITO AS DIFERENÇAS.
VEJA COMO ATÉ ISSO É DISTORCIDO PELA SOCIEDADE: primeiro ela nos ignora (não nos oferecendo nenhuma oportunidade com base nas nossas características), depois ela nos discrimina por não obtermos êxito nas "oportunidades" falsamente concedidas e ainda reforça na gente a ideia de que somos crianças choronas por reclamarmos do tratamento desigual e injusto que nos é dado.
Ai pergunto: quem faz a vítima?
Nós ou eles?
Quem criou a indiferença à diversidade, nós ou eles?
LIDAR COM O TDAH E DPAC É MAIS FÁCIL QUE COM A DISCRIMINAÇÃO
Já faz algum tempo que os profissionais do meu tratamento vem me alertando para o seguinte fato: o fardo que carrego pelas discriminações sofridas por ter tdah e dpac, para mim, é muito mais pesado que os próprios sintomas destes.
Sinceramente, não conseguia entender como podiam achar que ter tdah e dpac não fosse pesado o suficiente para exaurir minhas forças e energias.
Mas, hoje percebo que, apesar do tdah e dpac exigirem muito de mim, a dor da DISCRIMINAÇÃO realmente torna a luta quase impossível de ser ganha.
Ora, fica fácil visualizar isso na lista abaixo:
1. Mudança de hábitos: adaptação diária de pensamentos, rotinas, crenças - nível de dificuldade 9 - gasto de energia 9;
2. Organização de tarefas e, posteriormente, organização dos pensamentos para realizar a atividade - nível de dificuldade: 10 - gasto de energia - 10;
3. Manter-se motivada - dificuldade (varia conforme a paixão pelo q estou fazendo) - vai de zero a dez - gasto de energia 7;
4. Sentir-se capaz, útil, inteligente, respeitada pelo que sou - dificuldade 10, gasto de energia: 1.000!
5. Esquecer da vergonha que noto nas pessoas por eu fazer tratamento psiquiátrico - dificuldade: 10 - gasto de energia 1.000.000,00! (pq, neste caso, ainda tenho que mostrar alguma melhora pq senão, além de fraca e fracassada sou vista como manipulável por pessoas que "querem me manter dependente de suas consultas para ganharem dinheiro fácil de otárias como eu").
Viram como o preconceito, o medo de inadequação e sensação de inferioridade causados pela discriminação de ser e pensar de forma diferente me torturam mais que os próprios sintomas do tdah e dpac!
Não me entendam mal, não estou tentando dizer que o tdah e dpac são moleza, pq não são! Mas, é fato que minha carga seria bem mais leve se, além de lidar com eles, não tivesse que me preocupar em ser menos discriminada; tendo até que me esconder num pseudônimo para poder dizer o que realmente sinto e passo todos os dias!
O jeito é aprender a lidar com o que tanto maltrata meu coração: a rejeição e o descaso!
Será que tem algum tipo de ritalina para combater o preconceito?
Receio que não.
Sinceramente, não conseguia entender como podiam achar que ter tdah e dpac não fosse pesado o suficiente para exaurir minhas forças e energias.
Mas, hoje percebo que, apesar do tdah e dpac exigirem muito de mim, a dor da DISCRIMINAÇÃO realmente torna a luta quase impossível de ser ganha.
Ora, fica fácil visualizar isso na lista abaixo:
1. Mudança de hábitos: adaptação diária de pensamentos, rotinas, crenças - nível de dificuldade 9 - gasto de energia 9;
2. Organização de tarefas e, posteriormente, organização dos pensamentos para realizar a atividade - nível de dificuldade: 10 - gasto de energia - 10;
3. Manter-se motivada - dificuldade (varia conforme a paixão pelo q estou fazendo) - vai de zero a dez - gasto de energia 7;
4. Sentir-se capaz, útil, inteligente, respeitada pelo que sou - dificuldade 10, gasto de energia: 1.000!
5. Esquecer da vergonha que noto nas pessoas por eu fazer tratamento psiquiátrico - dificuldade: 10 - gasto de energia 1.000.000,00! (pq, neste caso, ainda tenho que mostrar alguma melhora pq senão, além de fraca e fracassada sou vista como manipulável por pessoas que "querem me manter dependente de suas consultas para ganharem dinheiro fácil de otárias como eu").
Viram como o preconceito, o medo de inadequação e sensação de inferioridade causados pela discriminação de ser e pensar de forma diferente me torturam mais que os próprios sintomas do tdah e dpac!
Não me entendam mal, não estou tentando dizer que o tdah e dpac são moleza, pq não são! Mas, é fato que minha carga seria bem mais leve se, além de lidar com eles, não tivesse que me preocupar em ser menos discriminada; tendo até que me esconder num pseudônimo para poder dizer o que realmente sinto e passo todos os dias!
O jeito é aprender a lidar com o que tanto maltrata meu coração: a rejeição e o descaso!
Será que tem algum tipo de ritalina para combater o preconceito?
Receio que não.
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Dez benefícios por ser tdah - Post do blog TDAH em adultos
http://tdahenadultos.blogspot.com.br/2013/10/diez-ventajas-por-ser-tdah.html
Terca-feira, 1 de outubro, 2013
DEZ BENEFÍCIOS POR SER TDAH
Foto Maria Muñoz |
A hiperatividade é visto como um problema que afeta negativamente a vida da pessoa que tem esse transtorno. No entanto, muitas das características típicas do TDAH têm sido compartilhada por algumas das maiores mentes ao longo da história.Existe alguma vantagem de ser hiperativo?
Há uma crença generalizada de que as pessoas com Transtorno de Déficit de Atenção com hiperatividade ou TDAH sofrem de uma doença terrível. Embora o cérebro de pessoas com TDAH têm algumas alterações que dificultam seu melhor desempenho em áreas específicas que são mais estimulados, também traz algumas vantagens. Aqui estão alguns dos benefícios normalmente associado a ser hiperativo, o que a maioria não sabe e muitos normotipos TDAH que não aceitam a sua condição, não de valor.
1. Empatia
Pessoas com TDAH costumam ter muita facilidade para se relacionar com estranhos, bem como para identificar e aceitar outros pontos de vista. É verdade que as crianças e adolescentes hiperativos tendem a sobrecarregar os seus amigos tentando tesouro, mas isso é apenas uma amostra da nobreza destes. Basta participar de um programa de habilidades sociais concebido por um especialista em TDAH, como um psicólogo, qualquer hiperativo pode aprender a tirar proveito da empatia que naturalmente possui para melhorar as relações sociais.
Dois. Inteligência
Podemos dizer, sem qualquer risco de erro, que a sagacidade e ADHD andam juntos. Na verdade, há uma lista interminável de pintores, designers, escultores, cineastas, escritores, músicos e comediantes que são hiperativos. Isso porque, para ser criativo, você tem que ser capaz de enfrentar a realidade de como "messy", algo que é muito fácil para uma pessoa que sempre vai "contra o sistema" e pensar de forma divergente por natureza. Desta forma, de modo que quando se vai para a escola envolve uma preocupação para os pais e professores, podem ser vantajosamente aplicado à resolução de problemas na vida adulta.
Três. Entusiasmo
Quando uma pessoa com TDAH enfrenta uma tarefa como ele sempre faz com paixão absoluta e compromisso. Isso faz, de pessoas hiperativas líderes que são capazes de sopro de energia para outro nascidos. É verdade que manter esta energia é o que lhes custa e geralmente não duram tempo suficiente para terminar o que começam. No entanto, se parte de uma equipe de habilidades e estilos diferentes de trabalho, o hiperativo pode se tornar o motor do grupo.
Abril. Capacidade de resolver problemas
Como mencionado acima, as pessoas com TDAH têm habilidades especiais para explicar enigmas e resolver problemas.Assume-se que alguns inventores, como Thomas Edison, tiveram TDAH. Isso tem muito a ver com a maneira criativa para lidar com qualquer dilema, mas também com paixão, quase obsessiva, com pessoas hiperativas decidir para enfrentar qualquer desafio que face.
FOTO DE MARIA MUÑOZ |
De Maio. Hiperfoco
O Hiperfoco é um fenômeno experimentado por muitos TDAH caracteriza-se em que a pessoa é capaz de abstrair absolutamente na realização de uma tarefa ou dar toda a atenção seletivamente a um detalhe especial. Essa capacidade faz com que quando uma pessoa hiperativa se concentra em algo que você está apaixonada é capaz de propor algo tão perfeccionista e detalhe, alcançar realizações excepcionais.
Junho. Senso de humor
ADHD Quase todos gostam de rir, e muitas delas têm a capacidade de fazer os outros rir também. Se não, pergunte a ele qualquer professor primário ou secundário que é "meio engraçado", e na maioria das vezes o professor vai apontar para o aluno hiperativo. Mais uma vez, esta característica pode ser explorada pela pessoa TDAH, como o famoso ator Robin Williams fez.
Julho. Espírito de luta.
Desde pequenas, as crianças hiperativas parece ter tudo contra. Muitos professores do geralmente rotulado rude ou revolucionário, os pais não podem satisfazer as suas "idéias" de forma positiva e muitas vezes experimentam muitas decepções por seus pares ou companheiros. No entanto, estas crianças facilmente se sobrepõem e não cessam em seus esforços para tentar "encaixar". Este espírito de luta faz com que se tornem adultos que não serão intimidados pelas barreiras e desafios de endereços de forma proativa.
Agosto. Intuição
TDAH tem um senso de percepção rápida que os faz reagir automaticamente a mudanças repentinas. Isso os torna pessoas muito susceptíveis, mas também oferece a capacidade de sentir se uma pessoa ou situação mudou antes que outras pessoas percebem e se preparar para essas mudanças com sucesso.
9. Criatividade.
A usina falado acima, está relacionada à criatividade e à velocidade com que uma pessoa hiperativa tem idéias. Se você precisa de alguém com idéias, é melhor chamar um hiper inteligente. Talvez noventa por cento das idéias malucas que não têm nenhuma contribuição útil, mas talvez nos restantes dez por cento são tesouros.
10. Excesso de motor.
FOTO MARIA MUÑOZ |
Enquanto para a maioria das pessoas da rotina semanal é desgastante, o perdão com ADHD levar melhor se apressar e demandas de estilo de vida do século de carreira. Na verdade, a pior coisa que se pode pedir a um hiperativo é ficar parado. Além disso, muitos hiperativo pequena experiência hyperkinesis geralmente suavizadas com a prática constante de exercícios físicos, o que faz com que as pessoas com TDAH manter um estilo de vida saudável e ter uma maior reserva de energia do que normotipos.
Como explicado neste artigo, ser meio hiperativo com características muito particulares que podem ser vistos como uma vantagem ou uma desvantagem tanto para a pessoa com TDAH como para as outras pessoas com quem interage. No entanto, o conhecimento e treinamento para controlar esses recursos para a psicologia profissional pode colocar a criança, adolescente ou adulto em uma posição vantajosa para lidar com a vida cotidiana pessoal e académica ou profissional.
Autor: Jenny Guerra Hernandez
domingo, 29 de setembro de 2013
ESCOLA IDEAL - na visão de Rubem Alves
Acho que a charge abaixo foi inspirada nos ensinamentos de Rubem Alves.
Vejam, no link a seguir, um trecho de uma entrevista com Rubem Alves sobre a escola ideal:
http://youtu.be/IEX9bOeTMZg
Vejam, no link a seguir, um trecho de uma entrevista com Rubem Alves sobre a escola ideal:
http://youtu.be/IEX9bOeTMZg
PORTADORES DE TDAH E DPAC, BUSQUEMOS ESCOLAS QUE SÃO ASAS
Vídeo incrível!
Um sonho de escola para todos aqueles que querem sentir o conhecimento como sinônimo de prazer e alegria.
Acho que nos tdah e dpac seríamos excelentes professores em escolas que são asas!
Bom vídeo!
http://youtu.be/z6_aLe3vF_A
Um sonho de escola para todos aqueles que querem sentir o conhecimento como sinônimo de prazer e alegria.
Acho que nos tdah e dpac seríamos excelentes professores em escolas que são asas!
Bom vídeo!
http://youtu.be/z6_aLe3vF_A
sábado, 28 de setembro de 2013
DPAC ou síndrome da velha surda da praça é nossa? Kkk
Algumas pessoas não sabem muito sobre o DPAC (deficit do processamento auditivo central) e a maioria nunca nem já ouviu falar dele. É por isso que falo pouco sobre as dificuldades que ele ocasiona em minha vida.
Mas, como tenho conversado muito sobre o assunto com a mãe de um menino que tem, assim como eu, tdah e dpac. Então, resolvi escrever um pouco sobre o que é ter DPAC.
Bom, aqueles que tem pelo menos trinta anos, vão se lembrar do quadro da velha surda do programa "a praça é nossa". Mas, para aos que não conhecem, é o seguinte: quem conversa com a velha surda sempre perde a paciência pq ela entende tudo errado e, além disso vai tirando conclusões totalmente viajantes.
Agora imaginem isso acontecendo com uma pessoa que também tem TDAH, cômico né! Kkkkk
Vai aí uma canjinha, espero que se divirtam, porque na vida real não é muito divertido. Kkkk
Entrevista da velha surda com o Jô Soares
http://youtu.be/DZ1UKU47f_I
Mas, como tenho conversado muito sobre o assunto com a mãe de um menino que tem, assim como eu, tdah e dpac. Então, resolvi escrever um pouco sobre o que é ter DPAC.
Bom, aqueles que tem pelo menos trinta anos, vão se lembrar do quadro da velha surda do programa "a praça é nossa". Mas, para aos que não conhecem, é o seguinte: quem conversa com a velha surda sempre perde a paciência pq ela entende tudo errado e, além disso vai tirando conclusões totalmente viajantes.
Agora imaginem isso acontecendo com uma pessoa que também tem TDAH, cômico né! Kkkkk
Vai aí uma canjinha, espero que se divirtam, porque na vida real não é muito divertido. Kkkk
Entrevista da velha surda com o Jô Soares
http://youtu.be/DZ1UKU47f_I
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Para o TDAH "disciplina é liberdade"?
Continuar abafando e calando minha voz interior, preenchendo o dia com rotinas ou me permitir ver o que habita dentro de mim, com atividades flexíveis?
Será que Renato Russo estava certo ao dizer que "disciplina é liberdade"?
Vamos começar divagar...
Primeiro: organizar o que está bagunçado é simples quando sabemos identificar o que está fora do lugar.
Segundo: para organizar temos que saber aonde devemos colocar a bagunça.
Conclusão: a organização depende da nitidez de que algo está fora do lugar.
Por isso, pergunto: é possível organizar desorganizando?
No momento acho que a resposta é sim, porque há momentos na vida em que temos que abrir algumas gavetas impecáveis de tão arrumadas, mas que não deviam estar onde estão.
Explicando melhor: as nossas repartições emocionais foram construídas de acordo com lições passadas por nossa família, amigos, escola etc. E, como, quando as aprendemos não podíamos contestá-las, criamos o hábito de colocar cada sentimento no lugar que nos mandavam... Então, criamos a crença de que era assim que tinha de ser.
No meu caso, coloquei os estudos e a profissão na caixa de primeira prioridade, porque aprendi que a vitória estava na conquista da admiração alheia. Criei a crença que a opinião dos outros sobre o meu valor estaria nesta caixinha preciosa. E de fato, essa crença tinha as suas verdades, porque a cada vitória acadêmica ou profissional eu via a mudança do olhar das pessoas. O antigo rótulo da garota rebelde, burra e irritada, como num toque de mágica, mudou para o da garota Sandy (politicamente correta).
Vejam como uma mudança apenas na área intelectual alterou radicalmente a visão dos outros sobre mim. E o desespero em ser aceita me tornou dependente da aprovação alheia...
Notem como a organização pode ser traiçoeira, por anos guardei, equivocadamente, a profissão na minha caixa mais valiosa. E, consequentemente, guardei o amor e a alegria de viver nas caixas erradas e apertadas que sobraram, porque a da profissão ocupava quase todo espaço do meu interior.
Por anos fiquei fazendo o que esperavam de mim e assumi responsabilidades que não eram minhas só para não perder meu prestígio com as pessoas...
Por isso, hoje tento me desorganizar, abrindo nos espaços, jogando fora tudo que não serve nas minhas caixas e quem sabe, se for necessário, vou me desfazer até destas... quem disse que meu interior deve ficar preso dentro de mim? Quem disse que não posso mostrar o que sou e não o que esperam que eu seja?
É, acho que minha liberdade não está na disciplina, até pq ela nunca foi natural pra mim. A não ser que seja uma disciplina criada por mim, de acordo com as minhas necessidades, capacidades, habilidades e limitações... porque se for a disciplina que aprendemos na escola, de fazer as coisas que todo mundo faz, do mesmo jeito, ela não vai me libertar e sim aprisionar!
Concluindo:
1. Se as coisas estão guardadas, mas no lugar errado: bagunçar é organizar.
2. A disciplina só será sinônimo de liberdade, se ela for criada por você (ninguém melhor que a gente para dosar nossas atividades) e para você (porque não adianta fazer um roteiro de disciplina que seja impossível ser cumprido por você, não é porque funciona para alguém que dará certo para você).
Até porque, como diria Jean Sartre, "Cada homem deve descobrir o seu próprio caminho. "
Será que Renato Russo estava certo ao dizer que "disciplina é liberdade"?
Vamos começar divagar...
Primeiro: organizar o que está bagunçado é simples quando sabemos identificar o que está fora do lugar.
Segundo: para organizar temos que saber aonde devemos colocar a bagunça.
Conclusão: a organização depende da nitidez de que algo está fora do lugar.
Por isso, pergunto: é possível organizar desorganizando?
No momento acho que a resposta é sim, porque há momentos na vida em que temos que abrir algumas gavetas impecáveis de tão arrumadas, mas que não deviam estar onde estão.
Explicando melhor: as nossas repartições emocionais foram construídas de acordo com lições passadas por nossa família, amigos, escola etc. E, como, quando as aprendemos não podíamos contestá-las, criamos o hábito de colocar cada sentimento no lugar que nos mandavam... Então, criamos a crença de que era assim que tinha de ser.
No meu caso, coloquei os estudos e a profissão na caixa de primeira prioridade, porque aprendi que a vitória estava na conquista da admiração alheia. Criei a crença que a opinião dos outros sobre o meu valor estaria nesta caixinha preciosa. E de fato, essa crença tinha as suas verdades, porque a cada vitória acadêmica ou profissional eu via a mudança do olhar das pessoas. O antigo rótulo da garota rebelde, burra e irritada, como num toque de mágica, mudou para o da garota Sandy (politicamente correta).
Vejam como uma mudança apenas na área intelectual alterou radicalmente a visão dos outros sobre mim. E o desespero em ser aceita me tornou dependente da aprovação alheia...
Notem como a organização pode ser traiçoeira, por anos guardei, equivocadamente, a profissão na minha caixa mais valiosa. E, consequentemente, guardei o amor e a alegria de viver nas caixas erradas e apertadas que sobraram, porque a da profissão ocupava quase todo espaço do meu interior.
Por anos fiquei fazendo o que esperavam de mim e assumi responsabilidades que não eram minhas só para não perder meu prestígio com as pessoas...
Por isso, hoje tento me desorganizar, abrindo nos espaços, jogando fora tudo que não serve nas minhas caixas e quem sabe, se for necessário, vou me desfazer até destas... quem disse que meu interior deve ficar preso dentro de mim? Quem disse que não posso mostrar o que sou e não o que esperam que eu seja?
É, acho que minha liberdade não está na disciplina, até pq ela nunca foi natural pra mim. A não ser que seja uma disciplina criada por mim, de acordo com as minhas necessidades, capacidades, habilidades e limitações... porque se for a disciplina que aprendemos na escola, de fazer as coisas que todo mundo faz, do mesmo jeito, ela não vai me libertar e sim aprisionar!
Concluindo:
1. Se as coisas estão guardadas, mas no lugar errado: bagunçar é organizar.
2. A disciplina só será sinônimo de liberdade, se ela for criada por você (ninguém melhor que a gente para dosar nossas atividades) e para você (porque não adianta fazer um roteiro de disciplina que seja impossível ser cumprido por você, não é porque funciona para alguém que dará certo para você).
Até porque, como diria Jean Sartre, "Cada homem deve descobrir o seu próprio caminho. "
O TDAH E A ARMADURA CRIADA PARA SER ACEITO: CONSEQUÊNCIAS
Estava vendo alguns vídeos no YouTube sobre meditação (fundamentais para os portadores de TDAH, tirarem o peso da gama de pensamentos) e encontrei um que fala sobre o ato de viver a nossa verdade.
Achei muito interessante pq, é comum nós, TDAH, criarmos armaduras para esconder as nossas diferenças e nos defender de futuras discriminações.
O vídeo é muito pertinente, pq não vivi a verdade da minha alma por mais de dez anos e os efeitos físicos foram enormes...
Então, esse vídeo é um alerta para os TDAH que fingem ser perfeitos, sem limitações ou que desistem do que são.
Espero que vcs não tenham passado tanto tempo mentindo para si como eu fiz, e às vezes ainda faço...
TDAH NÃO É SINÔNIMO DE BURRICE
Ainda hoje depois de responder um comentário sobre o mito de quem tem TDAH é burro ou incapaz de fazer faculdade, li este post do blog TDAH - DOURADOS e vi que não estava errada ao dizer que somos inteligentes.
A diferença é que nossa capacidade nem sempre é desenvolvida pq aprendemos de forma diferente, afinal se nosso cérebro funciona de forma distinta dos demais, como iremos assimilar como eles? E, o oposto tb ocorre: há coisas extremamente difíceis pros outros e super fáceis pra gente.
O problema é que a sociedade tem a tendência em frisar defeitos ou dificuldades ao invés de estimular as habilidades de cada um. Busca-se o homogêneo e perde-se a beleza da diversidade.
Enfim, não deixem de ler o post abaixo ou acessar o link: http://tdah-dourados.blogspot.com.br/2013/09/295-eu-e-o-tdah.html
A diferença é que nossa capacidade nem sempre é desenvolvida pq aprendemos de forma diferente, afinal se nosso cérebro funciona de forma distinta dos demais, como iremos assimilar como eles? E, o oposto tb ocorre: há coisas extremamente difíceis pros outros e super fáceis pra gente.
O problema é que a sociedade tem a tendência em frisar defeitos ou dificuldades ao invés de estimular as habilidades de cada um. Busca-se o homogêneo e perde-se a beleza da diversidade.
Enfim, não deixem de ler o post abaixo ou acessar o link: http://tdah-dourados.blogspot.com.br/2013/09/295-eu-e-o-tdah.html
Eu e o TDAH
Uma menina de 12 anos comenta sobre o equilíbrio entre o TDAH e suas habilidades especiais. Por Dana Olney-Bell
Tenho 12 anos de idade e pelo tempo que posso me lembrar, tive lados opostos dentro de mim. Alguém me disse que eu era “dotada” – muito inteligente e criativa. Mas eu tinha que trabalhar de verdade, realmente muito, com coisas que pareciam muito mais fáceis para outras meninas, tais como memorizar e prestar atenção.
Veja um exemplo: em matemática, ciência e artes, sou mais rápida em imaginar coisas do que outras garotas. Como quando minha professora nos mostra uma nova maneira de subtrair frações, parece óbvio para mim e não para as outras garotas. Mas, quando estou tentando ouvir alguém falando ou lendo, minha mente começa a vagar.
Uma vez, quando estávamos falando sobre plantas, em ciência, isso me fez pensar em meu jardim e no que iria plantar no ano seguinte. E isso me fez pensar sobre uma nova espécie de pimenta que eu tentava plantar para o meu pai, porque ele gosta de coisas apimentadas. E isso me fez pensar sobre as comidas apimentadas que ele costumava comer quando vivia em Singapura.
Parece uma espécie de galho de árvore, e logo eu não sei mais sobre o que é a discussão. Às vezes, isso é bom quando alguém está falando comigo, porque me ajuda a desenvolver a conversação. Se estou em aula, me ajuda a ter novas ideias que ninguém tinha pensado antes. Mas isso também me prejudica em aula, porque eu não capto sempre o que o professor está dizendo.
Às vezes tenho ideias complicadas que não consigo explicar para os outros. Isso realmente me frustra, e fico brava com a pessoa porque ela não está entendendo! Acho que você poderia dizer que eu choro facilmente. Isso realmente incomoda minha mãe. Às vezes, tenho a mesma espécie de problema quando preciso fazer uma pergunta. Fico travada com a pergunta porque não consigo formulá-la. E tenho os mesmos problemas quando estou tentando escrever minhas ideias em uma folha de papel.
Quando estou fazendo alguma coisa difícil para mim, como escrever, eu facilmente perco o foco e acabo fazendo um trabalho apressado, para que possa fazer alguma outra coisa na qual sou melhor. Mas, então, não ganho uma boa nota com o meu trabalho e me sinto mal. O problema é que há tantas coisas interessantes para eu fazer em minha casa; coisas que eu penso que sejam tão educativas quanto escrever. Eu realmente faço química e experimentos com alimentos na cozinha, ou tento usar outras misturas de sementes e solos em meu jardim, ou assisto ao History Channel ou Popular Mechanics for Kids, ou resolvo problemas e jogos de lógica. Eu prefiro estudar o comportamento dos pássaros (com meus pássaros, naturalmente!), trabalho no meu Web site com meu pai, e faço projetos de engenharia com madeira ou o que estiver sobrando por perto. Gosto da minha escola, mas odeio que o trabalho de casa tire o tempo para fazer essas coisas. Isso é o que ser dotada e ter TDAH.
Lições de vida
Tentei alguns remédios para me ajudar com o déficit de atenção. É tão esquisito que façam remédio para isso! Um me ajudou a me concentrar e a ter mais ânimo com a escola. Agora, outro me ajuda a ser mais otimista, mas, quando o efeito acaba, eu me sinto menos feliz e fico mais distraída. Meu remédio ajuda um pouco, mas ele não resolve completamente o problema da atenção. Ainda tenho de fazer esforço para manter a atenção, e, às vezes, fico distraída mesmo com o remédio.
Os remédios não resolvem os problemas que eu tenho com a memorização e com o estudo para as provas. Meu tutor sugeriu que eu desenhasse figuras quando estivesse memorizando fatos para minha prova de história. Por exemplo, quando estivesse estudando a Renascença, eu desenhasse a figura de uma harpa para o renascimento da música e uma cruz para o renascimento da cultura. Isso me ajudou a lembrar dessas coisas para uma prova. Mas demora muito estudar desse jeito, então eu não consegui estudar tudo e tirei uma nota baixa porque houve um monte de coisas que eu não consegui estudar. Às vezes, isso me faz querer desistir, quando verifico quão difícil é ter de estudar muito mais coisas que não são tão difíceis para os outros alunos.
Para mim, foi mais fácil aprender japonês porque quando você escreve em japonês, é arte, e eu adoro desenhar. A escrita japonesa é cheia de precisão, e eu gosto de ficar gastando um longo tempo com alguma coisa e torná-la exata. Mas a lentidão é outro problema que eu tenho e que frustra as outras pessoas. E o meu tutor diz que eu às vezes tenho dificuldade para decidir quando entrar em detalhes torna melhor o meu trabalho ou quando isso realmente prejudica meu trabalho porque “eu não consigo ver a floresta pelas árvores”. Há um lado do japonês que tem sido difícil para mim. Estou atrasada em relação à minha classe no que diz respeito a decorar os caracteres japoneses e as combinações de caracteres.
No terceiro ano fui para uma escola para crianças com dificuldade de aprendizado, onde aprendi o método Slingerland de leitura. Isso realmente foi muito bom para mim. Agora leio livros que são difíceis de verdade, como The Golden Compass e The Amber Spyglass.
A visualização-verbalização foi realmente útil, também, para descobrir como soletrar. Ainda sou uma má soletradora, mas estou melhor do que era. Porém, as outras coisas da escola foram muito fáceis para mim, e eu ficava aborrecida porque já sabia ciência e matéria. Quando voltei para minha escola pública, os garotos me perguntavam, “Dana, você foi a uma escola especial no terceiro ano?” A Educação Especial não é uma coisa popular. Você precisa ser normal para ser legal.
Algumas pessoas idealizam os estudantes dotados porque pensam que eles são bons em todas as matérias, mas isso não é verdade. Não somos superinteligentes em tudo, como um computador. Sou dotada em algumas coisas. Meu tutor disse que sou um aprendiz visual. Por exemplo, em história, quando minha professora estava falando sobre a segunda guerra mundial, ela nos mostrou fotos das trincheiras em que eles lutavam. Sempre nos lembraremos daquelas cenas.
Ser dotada é uma coisa ruim em algumas das escolas em que estudei. No cinema, alunos espertalhões geralmente não são bons em esportes. As pessoas acham que se você é superesperto, então provavelmente você é fraco. É muito legal ser um gênio em matemática, mas é muito mais legal ser realmente atlético. Foi isso que eu descobri em minha escola pública.
Agora vou a uma escola para alunos dotados, e somos muito atléticos por lá. Fazemos movimentos e dança, e artes marciais, quase todos os dias. Fico feliz que os alunos da minha escola não ligam muito para o estilo e quão legais sejam suas roupas. Assim, para mim, é muito mais confortável.
Estamos juntos nessa
Qual é a melhor maneira de ajudar garotas como eu? Precisamos de muito apoio de nossos pais e não ser reprendidos por tirar notas baixas. A melhor coisa que os pais podem fazer é ajudar seus filhos a superar suas dificuldades. Ajudou-me muito quando minha mãe me mostrou novas maneiras de estudar para uma prova. Ajudou-me a encontrar amigos honestos, que não ficam falando mal pelas costas. Ajudou-me a encontrar uma escola onde os professores viram que eu tenhos coisas em que sou muito boa. Uma vez minha mãe me contou uma história sobre nerds de computador que acabam conquistando o mundo, e algumas vezes penso nessa história e me sinto muito melhor.
Espero que outros alunos dotados que tenham TDAH saibam que não estão sós. Espero que isso ajude os alunos a falar com seus pais e professores sobre coisas que os aborrecem e, assim, se sintam menos estranhos e solitários. Falar com eles sobre as coisas em que você é bom e quais são as coisas difíceis para você – e porque são difíceis para você – pode ajudar os alunos a descobrir como tornar a escola um pouco mais fácil. Acima de tudo, falar sobre coisas podem também ajudar os alunos a se sentir melhores sobre si mesmos.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
A difícil arte de domar a mente tdah
Hoje foi mais um dia de cegueira mental...
Sabe aqueles dias em que nos sentimos perdidos no meio de tantas ideias, sonhos e obrigações tediosas?
Fico totalmente cega, sem saber para onde ir, o quê fazer, por onde começar...
Minha cabeça fica tão cheia de pensamentos que não consigo mais distinguir no que exatamente estou pensando...
Ela se torna numa mistura de pensamentos e sentimentos tão diferentes que chego no ponto de não saber no que estou pensando. O pior que isso dura quase o dia inteiro...
Por várias horas fico postergando as coisas e sei que estou fazendo isso; ai começo ouvir minha mente dizer vai descansar um pouquinho, você está muito cansada... E por horas ignoro esse alerta, mas já houve um tempo em que ficava dias me ignorando.
Mas, atualmente, não tenho deixado a situação chegar a esse ponto e minha salvação tem sido as meditações do youtube que ouço diariamente. Só elas conseguem dar um restart na minha mente, e, para isso, eu preciso ficar quieta no meu quarto, deitada e repetindo para mim: fico feliz por você ter tirado um tempo só para você hoje (senão o sentimento de culpa começa a tomar conta de mim kkkkk).
É não é nada fácil encontrar a saída do labirinto quando sequer se sabe que está nele...
Não é fácil sentir-se perdida de si e é essa sensação que tenho quando tudo isso ocorre. Sinto me asfixiada por pensamentos que me sufocam ou por ideias complexas demais para saber por onde começar... isso tudo me deixa exausta e sem poder de reação.
Mas, percebi que o hábito de me permitir relaxar com meditações me tira mais rápido desta cilada do TDAH.
É impressionante como nós TDAH mudamos de pensamento e sensações num piscar de olhos!
O que é muito ruim...
Mas também pode ser bom!
Ora se a gente muda de estado de humor mais rápido que a velocidade da luz, temos que criar uma rotina que mude a frequência da nossa avalanche de pensamentos!
E ai que entra a meditação e a repetição automática de pensamentos permissivos e positivos.
Já estou fazendo isso há mais de um mês e tenho produzido melhor, mas é claro que o TDAH não sumiu e continua me deixando ansiosa, desastrada, desatenta, esquecida, exausta etc.
O que mudou foi como eu passei a lidar com a minha condição de portadora de TDAH e DPAC.
Estou tentando aceitar o fato de ser mais devagar de que os outros, apesar de parecer ser muito mais rápida que a grande maioria...
Estou procurando aprender a seguir o meu ritmo e não o dos outros...
A única coisa que está faltando é conseguir levar adiante essa tática e persistir nela pelo menos por um ano.
Tomara que ela não me deixe entediada logo... seria bem típico do TDAH não acham? Kkkkkkk
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Um alento aos tdah q sofrem...
Música espera no senhor
Independente da religião de cada um, acho importante nos agarrarmos na fé, pq só ela diminui o peso de ter q lutar diariamente contra a inquietude de nossa mente.
segunda-feira, 29 de julho de 2013
O tdah e o preço pago para não fracassar
É impressionante como o esforço mental contínuo me torna extremamente ansiosa.
Tem sido assim desde q o "Hitler da adequação" surgiu para me salvar do fracasso escolar e me atirar as doenças que esse sacrifício exigia.
Desde a faculdade tenho vivido assim: trocando, inconscientemente, vitórias por doenças.
O pior é que sequer tenho a sensação de ser vitoriosa, sinto que não fiz mais que cumprir obrigações. Pois, toda vez que surgem oportunidades de emprego não posso agarrá-las: já estou exausta e doente demais para aproveitá-las.
Não é justo!
E, atualmente, não tem sido diferente... comecei um curso de mestrado em direitos coletivos e cidadania, estou amando e odiando ao mesmo tempo.
Amo estudar os assuntos do curso, que vem ao encontro de tudo que já venho refletindo há algum tempo.
Mas, odeio ter que fazer um monte de resenhas críticas, artigos de opinião, seminários etc. Isto tudo me deixa exausta e muito ansiosa... e como se tudo isso fosse pouco, nesse ínterim tenho que buscar forças para não adoecer ainda mais...
É muito difícil ver e sentir que o nosso corpo está pedindo ajuda e não conseguirmos socorrê-lo.
Minha psicóloga diz que grande parte desse meu sofrimento é gerado pelo alto padrão de qualidade que me obrigo a atingir, mas será? Nada do que fiz até hoje é excepcionalmente brilhante, então que qualidade é esta?
Só queria ser capaz de usar meu potencial sem ficar esgotada ou adquirir novas doenças...
Querer e saber que o nosso limite nos impede de chegar é muito cruel e ter que exigir dos estabelecimentos de ensino uma forma diferente de avaliar os portadores de tdah é um direito, mas cade a coragem para enfrentar o preconceito?
Tem sido assim desde q o "Hitler da adequação" surgiu para me salvar do fracasso escolar e me atirar as doenças que esse sacrifício exigia.
Desde a faculdade tenho vivido assim: trocando, inconscientemente, vitórias por doenças.
O pior é que sequer tenho a sensação de ser vitoriosa, sinto que não fiz mais que cumprir obrigações. Pois, toda vez que surgem oportunidades de emprego não posso agarrá-las: já estou exausta e doente demais para aproveitá-las.
Não é justo!
E, atualmente, não tem sido diferente... comecei um curso de mestrado em direitos coletivos e cidadania, estou amando e odiando ao mesmo tempo.
Amo estudar os assuntos do curso, que vem ao encontro de tudo que já venho refletindo há algum tempo.
Mas, odeio ter que fazer um monte de resenhas críticas, artigos de opinião, seminários etc. Isto tudo me deixa exausta e muito ansiosa... e como se tudo isso fosse pouco, nesse ínterim tenho que buscar forças para não adoecer ainda mais...
É muito difícil ver e sentir que o nosso corpo está pedindo ajuda e não conseguirmos socorrê-lo.
Minha psicóloga diz que grande parte desse meu sofrimento é gerado pelo alto padrão de qualidade que me obrigo a atingir, mas será? Nada do que fiz até hoje é excepcionalmente brilhante, então que qualidade é esta?
Só queria ser capaz de usar meu potencial sem ficar esgotada ou adquirir novas doenças...
Querer e saber que o nosso limite nos impede de chegar é muito cruel e ter que exigir dos estabelecimentos de ensino uma forma diferente de avaliar os portadores de tdah é um direito, mas cade a coragem para enfrentar o preconceito?
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Dá pra encaixar uma bola numa caixa? Comentário feito ao post do tdah-reconstruindo a vida (tdah desempregado)
Hoje li um post muito interessante no blog tdah-reconstruindo a vida sobre o desemprego e o tdah (http://www.tdah-reconstruindoavida.com) e fiz o seguinte comentário:
"Oi Alexandre! Parabéns pelo post, brilhante como sempre!
É horrível essa sensação de inadequação que nos portadores de tdah temos.
O pior é que a sociedade moderna quer transformar todos num robô padronizado, seja tdah ou não, e no nosso caso as consequências são mais avassaladoras. Porque, apesar de termos um enorme potencial, as pessoas só focam em nossas dificuldades. Assim, ao invés de tentarem potencializar o que temos de bom, ficam repetindo, inúmeras vezes por dia, o quanto somos inadequados.
Na maioria das vezes nos comparam com pessoas que não tem tdah e nos questionam como fulano faz isso e vc não. Resultado: rejeição (própria e dos outros), nos rejeitamos e somos rejeitados.
O duro é que a gente começa a acreditar nessa conversa fiada e acabamos aumentando o nosso problema (que já é grande) desenvolvendo comorbidades (depressão, ansiedade generalizada, toc etc).
Por isso, acho que somos inadequados sim! Mas a culpa da inadequação não é nossa, e sim dos pais, professores e administradores públicos que insistem em querer educar todos da mesma forma, desconsiderando as dificuldades e facilidades de cada um. A maioria, inconscientemente, acha que a criança só será bem sucedida se for capaz de produzir riquezas dentro do formato homogêneo estipulado pelo mercado.
Assim, as qualidades pessoais acabam sendo definidas pelo mercado, que sempre busca o profissional que tenha sido formado para pensar "dentro da caixa" e que não questione a crueldade das suas exigências de um trabalhador perfeito.
Então, infelizmente, acho que nosso problema é muito mais sério que parece. Porque o tratamento nunca será suficiente se as nossas escolas não mudarem, pois somente ela poderá ser capaz de substituir o preconceito pela inclusão e pelo respeito às diferenças.
Por isso, Alexandre, gostaria de contar com a sua colaboração e de todos os portadores de tdah para discutirmos como podemos ajudar todos tdahs a desenvolverem melhor suas habilidades.
Eu pretendo fazer uma pesquisa sobre a importância do reconhecimento das diferenças como forma de independência social e econômica dos tdahs.
Enfim, já escrevi demais. Kkkkkkk
Caso alguém tenha interesse em trocar algumas idéias sobre o assunto vai me ajudar muito. (Se quiserem podem deixar recado no meu blog: http://namentedealine.blogspot.com.br/
Abraços,
Aline."
Para quem quiser ler o post acesse:
http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/2013/07/o-tdah-desempregado.html
Eu recomendo, o Alexandre é genial!
Imagem copiada da página da ABDA no facebook.
sábado, 13 de julho de 2013
terça-feira, 9 de julho de 2013
As semelhanças entre as angústias do TDAH e a música Clarisse do legião
"Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber...
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer...
Ninguém entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe pra mim, não tente
Você não sabe e não entende...
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo...
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
E que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe...
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço
Clarisse está trancada no seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito."
http://youtu.be/TUFBg1LpaKA
Quem diz que me entende nunca quis saber...
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer...
Ninguém entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe pra mim, não tente
Você não sabe e não entende...
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo...
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
E que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe...
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço
Clarisse está trancada no seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito."
http://youtu.be/TUFBg1LpaKA
Direito dos portadores de tdah à igualdade real
"...temos o direito a ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito a ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades". Boaventura de Sousa Santos
Nós portadores de tdah e dpac temos direito de ser diferentes e, essa diversidade não pode causar nossa exclusão social.
Por isso, entendo que nossa principal luta é pelo reconhecimento da diversidade, pois o mundo moderno homogeneizou as pessoas e culturas de tal forma que ser diferente implica na sua exclusão.
E isso não pode continuar a ser aceito.
Todas pessoas têm habilidades e dificuldades, mas a forma que nossas capacidades são desenvolvidas são diferentes das pessoas que não tem tdah ou dpac.
Portanto, nossa luta não tem que ser para sermos iguais e nos enquadrarmos em algo que não nos cabe, mas sim pelo direito de ter oportunidade de desenvolvermos nossas habilidades como qualquer pessoa.
Esse é o maior problema da sociedade atual, a tendência em padronizar tudo.
Como alguém que tem várias ideias ao mesmo tempo poderá se encaixar num mundo em que só uma resposta é tida como correta?
Obs.: Imagem retirada da página da ABDA no facebook.
domingo, 7 de julho de 2013
Tdah: Adaptar-se a caixa ou lutar pela diversidade de formas?
Esse dilema faz parte da minha vida tanto quanto minhas frustrações.
Na tentativa de adaptar-se a um sistema homogêneo, que ignora as diferenças, tornei me fraca e presa.
Ao lutar pela diversidade, sem me declarar como diferente, perdi minha voz e a chance de pedir mudanças no ensino superior.
Como mudar esse quadro?
A discriminação e incredulidade da família e amigos me tornou precavida e receosa, tenho medo de me expor e prejudicar a minha causa: direito ao reconhecimento das diferenças no ensino. É injusto cobrar dos portadores de tdah o mesmo desempenho se não há esforço dos professores em mudar seu jeito de ensinar. E isso é tão nítido!
Todos sabem que não se pode ensinar cegos com imagens, mas insistem em ensinar tdahs com aulas entediantes que cortam sua criatividade. Rejeitam nossas ideias diferentes e questionadoras, nos enchem de regras para manter o controle e esconder que o fracasso não é do aluno tdah (por não aprender), mas sim do professor que não sabe olhar para as diferenças...
Na tentativa de adaptar-se a um sistema homogêneo, que ignora as diferenças, tornei me fraca e presa.
Ao lutar pela diversidade, sem me declarar como diferente, perdi minha voz e a chance de pedir mudanças no ensino superior.
Como mudar esse quadro?
A discriminação e incredulidade da família e amigos me tornou precavida e receosa, tenho medo de me expor e prejudicar a minha causa: direito ao reconhecimento das diferenças no ensino. É injusto cobrar dos portadores de tdah o mesmo desempenho se não há esforço dos professores em mudar seu jeito de ensinar. E isso é tão nítido!
Todos sabem que não se pode ensinar cegos com imagens, mas insistem em ensinar tdahs com aulas entediantes que cortam sua criatividade. Rejeitam nossas ideias diferentes e questionadoras, nos enchem de regras para manter o controle e esconder que o fracasso não é do aluno tdah (por não aprender), mas sim do professor que não sabe olhar para as diferenças...
sábado, 1 de junho de 2013
Filme: O Líder da Classe
O filme trata sobre a dificuldade de viver num mundo que além de excluir os diferentes, fazem estes se sentirem culpados por serem assim. Ele conta uma bonita história de superação de um menino que apesar de ser punido por ter a síndrome de tourret consegue realizar seu sonho de lecionar. Me identifiquei muito com o filme, porque apesar de não ter tourret, os tdahs também são muito punidos por não conseguirem ser "normais". Fica a dica!
Aline e a auto-estima dos tdah
Meu coração está despedaçado, não consigo lidar com o fato de ter me aprisionando novamente naquela armadura pesada e inflexível...
Como posso me obrigar a vestir algo tão sufocante?
Por que me culpo por ter dificuldade?
Por que me forço a agir com naturalidade em situações em que tenho que concentrar?
Por que fingo que estou tranquila quando minha cabeça está a mil?
Por que sou tão cruel comigo?
Por que não percebi que estava sendo tão severa comigo de novo?
Me sinto tão mal...
Como posso acreditar mais nas palavras duras e injustas que ouvi durante toda vida do que na verdade de ter dpac e tdah?
Por que elas ganharam tanto poder em minha vida ao ponto de fazer tudo para não ser repreendida?
O fato é que por não saber que não podia controlar minha rebeldia e minhas viagens constantes ao mundo da lua também acreditei que fazia isso de propósito.
Hoje o mesmo padrão ainda me persegue e, quando me alcança, volto a vestir a armadura e a acreditar que minhas dificuldades são mero desleixo meu.
Então o "X" da questão está na importância que dou aos olhares de repúdio e desmerecimento. Até porque esses olhares de superioridade não vão sumir, por isso preciso aprender a me dar valor.
Tenho que gravar em minha mente e coração que sou eu quem determino o quanto valho e não os outros.
Este é o único jeito de não ser influenciada pela opinião alheia a meu respeito seja ela boa ou ruim.
Assim, depender do que os outros acham de mim além de me escravizar, me privará da verdade sobre mim; até porque só existe um único juiz capaz de me julgar de forma imparcial: eu.
Como posso me obrigar a vestir algo tão sufocante?
Por que me culpo por ter dificuldade?
Por que me forço a agir com naturalidade em situações em que tenho que concentrar?
Por que fingo que estou tranquila quando minha cabeça está a mil?
Por que sou tão cruel comigo?
Por que não percebi que estava sendo tão severa comigo de novo?
Me sinto tão mal...
Como posso acreditar mais nas palavras duras e injustas que ouvi durante toda vida do que na verdade de ter dpac e tdah?
Por que elas ganharam tanto poder em minha vida ao ponto de fazer tudo para não ser repreendida?
O fato é que por não saber que não podia controlar minha rebeldia e minhas viagens constantes ao mundo da lua também acreditei que fazia isso de propósito.
Hoje o mesmo padrão ainda me persegue e, quando me alcança, volto a vestir a armadura e a acreditar que minhas dificuldades são mero desleixo meu.
Então o "X" da questão está na importância que dou aos olhares de repúdio e desmerecimento. Até porque esses olhares de superioridade não vão sumir, por isso preciso aprender a me dar valor.
Tenho que gravar em minha mente e coração que sou eu quem determino o quanto valho e não os outros.
Este é o único jeito de não ser influenciada pela opinião alheia a meu respeito seja ela boa ou ruim.
Assim, depender do que os outros acham de mim além de me escravizar, me privará da verdade sobre mim; até porque só existe um único juiz capaz de me julgar de forma imparcial: eu.
domingo, 26 de maio de 2013
PARTE 1 - TDAH - DOURADOS: 282- TDAH e o Sistema Nervoso Motivado
TDAH - DOURADOS: 282- TDAH e o Sistema Nervoso Motivado
282- TDAH e o Sistema Nervoso Motivado
A maior parte das pessoas é neurologicamente equipada para determinar o que é importante e para se motivar a fazê-lo, mesmo quando isso não for interessante para elas. Então, há o restante de nós, que temos TDA. Por William Dodson. M.D.
O TDAH é uma condição confusa, contraditória, inconsistente e frustrante. É opressiva para as pessoas que vivem com ela todos os dias. O critério de diagnóstico que foi usado nos últimos 40 anos deixa muitas pessoas se perguntando se elas têm o problema ou não. Os diagnosticadores têm uma lista longa de sintomas para procurar e descartar. O Manual de Estatística e Diagnóstico das Doenças Mentais (DSM) tem 18 critérios, e outras listas de sintomas citam quase 100 características.
Os médicos, eu incluído, têm tentado estabelecer um modo mais simples e claro para entender as deficiências do TDAH. Procuramos a linha branca e brilhante que define a condição, explica a fonte dos problemas e dá a direção para o que fazer sobre isso.
Meu trabalho na última década sugere que esquecemos algo importante sobre a natureza fundamental do TDAH. Voltei-me para os especialistas no problema – as centenas de pessoas e suas famílias com quem trabalhei e que foram diagnosticadas como portadoras – para confirmar minha hipótese. Minha meta era procurar a característica que todos os portadores de TDAH tivessem e que as pessoas neurotípicas [pessoas normais] não tivessem.
E a encontrei. É o sistema nervoso do TDAH, uma criação única e especial que regula a atenção e as emoções de formas diferentes das do sistema nervoso dos que não têm a condição.
A zona do TDAH
Quase todos os meus pacientes e suas famílias querem abandonar o termo Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade porque ele descreve a maneira oposta do que eles sentem a cada momento de suas vidas. É difícil chamar alguma coisa de transtorno quando ela implica muitas coisas positivas. O TDAH não é um sistema nervoso lesionado ou defeituoso. É um sistema nervoso que funciona bem usando seu próprio conjunto de regras. Apesar da associação do TDAH a dificuldades de aprendizagem, muitas pessoas com um sistema nervoso TDAH têm QI significativamente acima da média. Elas também usam esse QI mais alto de modo diferente das pessoas neurotípicas. Quando chegam ao ensino médio, muitas pessoas com o TDAH são capazes de superar problemas que paralisam os outros, e podem chegar a soluções que ninguém previu.
A grande maioria dos adultos com um sistema nervoso TDAH não é abertamente hiperativa. Eles são hiperativos internamente.
Os que são portadores não têm falta de atenção. Eles prestam atenção a tudo. Muitas pessoas com TDAH sem tratamento têm quatro ou cinco coisas em sua mente de uma só vez. A marca registrada do sistema nervoso TDAH não é o déficit de atenção, mas a atenção inconsistente.
Todos com TDAH sabem que podem ficar “normais” ao menos quatro a cinco vezes por dia. Quando eles estão “normais”, não têm nenhuma deficiência, e os déficits de função executiva que pudessem ter antes de ficarem “normais” desaparecem. Os TDAH sabem que eles são brilhantes e espertos, mas eles nunca têm certeza de que suas habilidades aparecerão quando precisarem delas. O fato de que os sintomas e as deficiências vão e vêm ao longo do dia é o traço definidor do TDAH. Ele torna a condição mistificadora e frustrante.
As pessoas com TDAH geralmente entram na “zona normal” quando estão interessadas ou curiosas no que estão fazendo. Eu chamo isso de um sistema nervoso baseado no interesse, ou sistema nervoso motivado. Amigos e familiares críticos vêm isso como duvidoso ou oportunista. Quando os amigos dizem “Você consegue fazer as coisas de que gosta”, eles estão descrevendo a essência do sistema nervoso TDAH.
Pessoas com TDAH também entram na “zona normal” quando são desafiadas ou envolvidas por meio ambiente competitivo. Às vezes, uma nova atividade atrai sua atenção. A novidade tem vida curta, entretanto, e tudo fica velho num instante.
Muitas pessoas com um sistema nervoso TDAH podem se envolver em atividades e contar com suas habilidades quando a tarefa é urgente – o último dia de um compromisso, por exemplo. Por isso que a procrastinação é um problema quase universal nas pessoas com TDAH. Elas querem terminar a tarefa, mas não conseguem começar a não ser que a tarefa se torne interessante, desafiadora ou urgente.
Como o Resto do Mundo Funciona
As 90 por cento de pessoas sem TDAH no mundo são ditas “neurotípicas”. Não é que elas sejam “normais” ou melhores. Sua neurologia é aceita e aprovada pelo mundo. Para as pessoas com um sistema nervoso neurotípicos, estar interessada na tarefa, ou desafiada, ou achando a tarefa uma novidade ou urgente, ajuda, mas não é um pré-requisito para fazê-la.
As pessoas neurotípicas usam três diferentes fatores para decidir o que fazer, como começar e para não interromper até que termine:
1- o conceito de importância (elas pensam que devem dar conta)
2- o conceito de importância secundária – elas são motivadas pelo fato de que seus pais, professores, chefes, ou alguém que respeitam acham que a tarefa é importante para ser aceita e completada.
3- o conceito de recompensas por fazer uma tarefa e as consequências e punições por não fazê-la.
Uma pessoa com sistema nervoso TDAH nunca foi capaz de usar a ideia de importância ou de recompensas para iniciar e terminar uma tarefa. Elas sabem que é importante, elas gostam de recompensas, e elas não gostam de punições. Mas, para elas, as coisas que motivam o resto do mundo são simplesmente chateações.
A incapacidade de usar a importância e a recompensa para se motivar tem um impacto por toda a vida dos portadores de TDAH:
• Como podem os diagnosticados com o transtorno escolher entre as múltiplas opções se eles não conseguem usar os conceitos de importância e de recompensa financeira para motivá-los?
• Como podem tomar grandes decisões se os conceitos de importância e de recompensa não são úteis na tomada de decisão nem são uma motivação para fazer o que escolhem? Esse entendimento explica por que nenhuma das terapias cognitiva e comportamental usadas para controlar os sintomas do TDAH tem benefícios duradouros. Os pesquisadores veem o TDAH como decorrência de um defeito ou déficit localizado no sistema nervoso. Eu vejo o TDAH como originado de um sistema nervoso que funciona perfeitamente bem por seu próprio conjunto de regras. Infelizmente, ele não funciona com nenhuma das regras ou técnicas ensinadas e encorajadas no mundo neurotípicos. Por isso:
• Os TDAH não se encaixam no modelo escolar padrão, que é construído em repetir do que alguém pensa que é importante e relevante.
• Os TDAH não se sobressaem no emprego padrão que paga às pessoas para trabalhar no que alguém (principalmente o patrão) pensa que é importante.
•Os TDAH são desorganizados porque quase todo sistema organizacional que existe é baseado em duas coisas: priorização e gerenciamento, em que os TDAH não se dão bem.
• Os TDAH têm dificuldade de escolher entre alternativas, porque tudo tem a mesma falta de importância. Para eles, todas as alternativas parecem a mesma coisa.
Pessoas com sistema nervoso TDAH sabem que, se elas se envolvem em uma tarefa, elas podem fazê-la. Longe de serem gente lesionada, as pessoas com sistema nervoso TDAH são brilhantes e espertas. O principal problema é que receberam um manual do proprietário neurotípicos no nascimento. Ele funciona para todo mundo, não para elas.
Na próxima postagem, a segunda parte deste artigo do Dr. William Dodson.
Postado por José Antonio Menegucci às 13:26
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